Vendas de automóveis sobem 7% em Londrina e 14% no Paraná
Mercado recuperou-se da greve dos caminhoneiros antes do que se imaginava
Omercado de automóveis novos em Londrina cresceu 7% em julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram emplacadas 731 unidades. O segmento de comerciais leves aumentou um pouco menos, 6,7%, com 173 emplacamentos. Em todo o Paraná, o crescimento foi maior, de 14% para automóveis, com 10.528 unidades vendidas. Já os comerciais leves tiveram uma pequena redução de 1,3%, com 2.556 emplacamentos. Os números são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
No acumulado do ano, de janeiro a julho, foram emplacados 71.864 automóveis no Paraná, crescimento de 13% na comparação com o mesmo período de 2017. Em relação aos comerciais leves, houve um aumento proporcionalmente maior, de 23%. Foram emplacadas no período 17.335 unidades.
O mercado de caminhões foi o que mais aqueceu no Paraná. Em julho, foram emplacados 838 veículos, 21,8% a mais que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, são 4.407 emplacamentos, 70% mais.
Quando somados todos os segmentos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros), o resultado do Paraná é de 18.633 emplacamentos em julho, 12% mais que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, são 125.497 – crescimento de 18%.
“O mercado londrinense de automóveis novos está acompanhando o do Estado e do País”, diz o diretor comercial da Metronorte, loja GM em Londrina, Valdir de Rezende Filho. Segundo ele, o crescimento está baseado nas medidas comerciais tomadas pela montadoras. “Há financiamento com juro zero, bônus para troca do carro, e outras facilidades”, justifica. De acordo com ele, se o cliente der 60% de entrada num automóvel top de linha, poderá pagar o restante em 36 vezes sem juros.
Na Marajó (concessionária Fiat), o mês de julho foi muito bom, mas, no acumulado do ano, as vendas estão cerca de 10% menores que as do ano passado. “Ao contrário do mercado em geral, nós crescemos muito em 2017. Foi um ano maravilhoso para nós”, diz o gerente Lucas Ricardo da Silveira. Por isso, de acordo com ele, será difícil superar as vendas em 2018. “Acho que o segundo semestre será muito bom, mas não o suficiente para empatarmos com o ano passado”, diz ele.
PRODUÇÃO
A produção de veículos no Brasil somou 245,8 mil unidades em julho, um crescimento de 9,3% em relação a igual mês do ano anterior, porém com queda de 4,1% em comparação ao volume produzido em junho. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (6) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), mostram também que, no acumulado do ano, o volume produzido atingiu 1,680 milhão de unidades, com alta de 13% em relação ao período equivalente de 2017.
Após temores de que os impactos da paralisação dos caminhoneiros levariam de dois a três meses para serem compensados, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, avalia que a recuperação ocorreu de maneira mais rápida do que esperado. “Os dados de julho indicam que os efeitos da greve foram superados”, declarou Megale, durante coletiva de imprensa.
As montadoras criaram vagas de emprego após o resfriamento da atividade nos meses anteriores. Em julho, foram 546 postos de trabalho a mais. O saldo em 12 meses está positivo, com a criação de 5.252 vagas. Com isso, o setor encerrou julho com 132.021 funcionários, 0,4% a mais que em igual mês do ano passado.