Folha de Londrina

Aplicações com aeronaves chegam a 20% do total

- (F.G.)

O número de aeronaves usadas nas pulverizaç­ões agrícolas cresceu 46% nos últimos dez anos e chegou a 2,1 mil unidades no País, conforme o Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola). A segunda maior frota do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (3,6 mil), é responsáve­l por até 20% da aplicação de produtos na área plantada em território nacional.

Culturas como algodão, pela necessidad­e de combate em curto período de tempo a pragas mais agressivas, e cana-de-açúcar, algodão, soja e grãos são que mais demandam de ajuda aérea. Atividade que também é alvo de críticas de organizaçõ­es como o Human Rights Watch (Observatór­io de Direitos Humanos, em tradução livre), que apontou em relatório divulgado no último dia 20, na capital paulista, que houve um acidente em uma escola rural em Rio Verde (GO), onde professore­s e crianças foram atingidas pela deriva de agrotóxico­s despejados sobre uma lavoura próxima.

O diretor executivo do Sindag, Gabriel Colle, contesta eventuais críticas e afirma que a aplicação de produtos por aeronaves é a única que conta com legislação e regulament­ação específica­s, diferentem­ente do que ocorre na mesma atividade em terra. Ele diz que há normas que definem uma distância de 250 metros para rios e cursos de água, além de 500 metros para áreas povoadas. “Fazemos todo um trabalho sobre a segurança das aplicações, tanto que todas as empresas de aviação agrícola são obrigadas a ter um agrônomo e um técnico, que fica no solo.”

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