Chuva aumenta riscos de acidentes na PR-445
DER pede cuidado aos motoristas que trafegam próximo ao Jamile Dequech, onde são realizadas obras de restauração e duplicação
Achuva constante registrada em Londrina desde a sexta-feira (3) aumenta os riscos de acidentes na PR-445, entre o conjunto Jamile Dequech e o Ribeirão Cafezal (zona sul), onde o DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) realiza obras de restauração e duplicação de um trecho. O próprio órgão emitiu alerta pedindo mais atenção aos motoristas que transitam pelo local.
O tráfego está fluindo normalmente, mas a movimentação de trabalhadores e máquinas no trecho é intensa. Diante disso, a recomendação é que os condutores fiquem atentos à sinalização e respeitem os limites de velocidade – reduzido para 40 km/h - para evitar acidentes. O DER também orienta que pedestres e ciclistas que circulam pelo trecho observem as placas indicativas e tenham bastante cuidado nas travessias. Como os serviços estão concentrados nas vias marginais, não há interrupção de trânsito na rodovia.
A duplicação da PR-445 é uma reivindicação antiga da região. “O trânsito aqui é pesado e sempre tem acidentes”, afirmou o agricultor Aguinal- do Laranjeira, que mora ao lado do trecho em obras e observa que, apesar dos avisos sobre a presença dos trabalhadores, muitos motoristas continuam trafegando em alta velocidade. “Com as obras, é preciso redobrar os cuidados”, pede.
Esta é a mesma observação do motorista Geraldo Caetano, que mora às margens da rodovia e percebe que “falta consciência” a quem trafega pelo local. “Temos que dirigir pensando na gente e nos outros, porque o pessoal não está reduzindo a velocidade. O trânsito está mais lento com as obras e tem muitos trabalhadores no acostamento. Seria bom se tivessem mais educação”, opina.
O caminhoneiro José Roberto Lucas Fernandes passa pelo menos duas vezes por dia pela PR-445, na região do Jamile Dequech, e também observa que as obras não estão influenciando na redução do excesso de velocidade dos motoristas. “Muitos não percebem os trabalhadores e passam correndo. Seria melhor se tivesse pessoas sinalizando”, pondera ele, que também redobrou os cuidados no local. “O acostamento está cheio de cones, não tem nem para onde desviar em caso de uma ultrapassagem não permitida”, destaca.
O borracheiro Anderson Souza Damasceno trabalha na rodovia e observa que o excesso de velocidade continua fazendo parte da rotina do trecho. “Com a chuva, os riscos aumentam, pois muita gente não vê a sinalização”, observa ele, para quem as obras estão rápidas. “Será muito bom quando finalmente estiver duplicado”, espera.
TRINCHEIRAS E PONTES
De acordo com o DER, foram tomados todos os cuidados exigidos pela legislação de segurança, como equipamentos de proteção individual para os trabalhadores e placas de sinalização na cor laranja, indicando aos motoristas que o trecho está em obras e que o limite de velocidade foi temporariamente reduzido para 40 km/h.
A obra foi iniciada em 25 de junho e os trabalhos estão na fase de terraplanagem, entre o Jamile Dequech e o Ribeirão Cafezal. Neste ponto já foi iniciada a fundação das pontes que serão construídas nas marginais da rodovia. Como os serviços estão sendo executados nas laterais das pistas simples existentes, no momento não estão previstos desvios de trânsito. A obra vai demandar investimentos de R$ 93,4 milhões na duplicação. O prazo para conclusão é de 24 meses.
O projeto prevê também a construção de duas trincheiras e quatro viadutos nos distritos de Irerê e Cegonha. A Ponte dos Apertados será alargada e ao lado dela será construída uma nova. A atual ponte sobre o Ribeirão Três Bocas será demolida e no local haverá duas novas pontes. Também serão construídas quatro pontes nas marginais da rodovia sobre os ribeirões Cafezal e Três Bocas. No total, serão feitas oito pontes. Estão previstos ainda muros de contenção para preservar a faixa de domínio.
“Muitos não percebem os trabalhadores e passam correndo; seria melhor se tivesse pessoas sinalizando”