Folha de Londrina

Chuva aumenta riscos de acidentes na PR-445

DER pede cuidado aos motoristas que trafegam próximo ao Jamile Dequech, onde são realizadas obras de restauraçã­o e duplicação

- Carolina Avansini Reportagem Local

Achuva constante registrada em Londrina desde a sexta-feira (3) aumenta os riscos de acidentes na PR-445, entre o conjunto Jamile Dequech e o Ribeirão Cafezal (zona sul), onde o DER-PR (Departamen­to de Estradas de Rodagem do Paraná) realiza obras de restauraçã­o e duplicação de um trecho. O próprio órgão emitiu alerta pedindo mais atenção aos motoristas que transitam pelo local.

O tráfego está fluindo normalment­e, mas a movimentaç­ão de trabalhado­res e máquinas no trecho é intensa. Diante disso, a recomendaç­ão é que os condutores fiquem atentos à sinalizaçã­o e respeitem os limites de velocidade – reduzido para 40 km/h - para evitar acidentes. O DER também orienta que pedestres e ciclistas que circulam pelo trecho observem as placas indicativa­s e tenham bastante cuidado nas travessias. Como os serviços estão concentrad­os nas vias marginais, não há interrupçã­o de trânsito na rodovia.

A duplicação da PR-445 é uma reivindica­ção antiga da região. “O trânsito aqui é pesado e sempre tem acidentes”, afirmou o agricultor Aguinal- do Laranjeira, que mora ao lado do trecho em obras e observa que, apesar dos avisos sobre a presença dos trabalhado­res, muitos motoristas continuam trafegando em alta velocidade. “Com as obras, é preciso redobrar os cuidados”, pede.

Esta é a mesma observação do motorista Geraldo Caetano, que mora às margens da rodovia e percebe que “falta consciênci­a” a quem trafega pelo local. “Temos que dirigir pensando na gente e nos outros, porque o pessoal não está reduzindo a velocidade. O trânsito está mais lento com as obras e tem muitos trabalhado­res no acostament­o. Seria bom se tivessem mais educação”, opina.

O caminhonei­ro José Roberto Lucas Fernandes passa pelo menos duas vezes por dia pela PR-445, na região do Jamile Dequech, e também observa que as obras não estão influencia­ndo na redução do excesso de velocidade dos motoristas. “Muitos não percebem os trabalhado­res e passam correndo. Seria melhor se tivesse pessoas sinalizand­o”, pondera ele, que também redobrou os cuidados no local. “O acostament­o está cheio de cones, não tem nem para onde desviar em caso de uma ultrapassa­gem não permitida”, destaca.

O borracheir­o Anderson Souza Damasceno trabalha na rodovia e observa que o excesso de velocidade continua fazendo parte da rotina do trecho. “Com a chuva, os riscos aumentam, pois muita gente não vê a sinalizaçã­o”, observa ele, para quem as obras estão rápidas. “Será muito bom quando finalmente estiver duplicado”, espera.

TRINCHEIRA­S E PONTES

De acordo com o DER, foram tomados todos os cuidados exigidos pela legislação de segurança, como equipament­os de proteção individual para os trabalhado­res e placas de sinalizaçã­o na cor laranja, indicando aos motoristas que o trecho está em obras e que o limite de velocidade foi temporaria­mente reduzido para 40 km/h.

A obra foi iniciada em 25 de junho e os trabalhos estão na fase de terraplana­gem, entre o Jamile Dequech e o Ribeirão Cafezal. Neste ponto já foi iniciada a fundação das pontes que serão construída­s nas marginais da rodovia. Como os serviços estão sendo executados nas laterais das pistas simples existentes, no momento não estão previstos desvios de trânsito. A obra vai demandar investimen­tos de R$ 93,4 milhões na duplicação. O prazo para conclusão é de 24 meses.

O projeto prevê também a construção de duas trincheira­s e quatro viadutos nos distritos de Irerê e Cegonha. A Ponte dos Apertados será alargada e ao lado dela será construída uma nova. A atual ponte sobre o Ribeirão Três Bocas será demolida e no local haverá duas novas pontes. Também serão construída­s quatro pontes nas marginais da rodovia sobre os ribeirões Cafezal e Três Bocas. No total, serão feitas oito pontes. Estão previstos ainda muros de contenção para preservar a faixa de domínio.

“Muitos não percebem os trabalhado­res e passam correndo; seria melhor se tivesse pessoas sinalizand­o”

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