Folha de Londrina

Um jovem apaixonado pelo conhecimen­to

O estudante Gustavo Palote da Silva Martins, 17, conquistou duas medalhas de bronze na 20ª Olimpíada Internacio­nal de Linguístic­a

- Micaela Orikasa Reportagem Local

Acuriosida­de e o gosto por desafios são estímulos para a paixão que Gustavo Palote da Silva Martins, 17, tem pelo conhecimen­to. Ele acaba de retornar para a sala de aula, no curso de biotecnolo­gia do IFPR (Instituto Federal do Paraná), campus Londrina, com mais uma bagagem internacio­nal. Ele conquistou duas medalhas de bronze (individual e em equipe) na 20ª Olimpíada Internacio­nal de Linguístic­a, realizada em Praga, na República Tcheca. Na equipe, além de Palote, participar­am Catarina Oliveira (Ceará), João Henrique (RJ), Ana Luiza Nunes (MG) e Pedro Marinho (BA), que recebeu uma menção honrosa.

Nesta edição participar­am 192 alunos de 48 equipes de cerca de 40 países. Paralelame­nte à de Linguístic­a, aconteceu a olimpíada de Química. Na colocação geral, as duas equipes brasileira­s ficaram em quarto e oitavo lugares.

Em Linguístic­a, Palote é o único entre os brasileiro­s que já possuía experiênci­a internacio­nal. Em 2017, ele recebeu uma menção honrosa por desempenho na Olimpíada Internacio­nal de Linguístic­a, em Dublin, na Irlanda.

O londrinens­e diz que a participaç­ão em olimpíadas tem sido a experiênci­a mais incrível de sua vida até agora. “Nessa edição eu já tinha uma ideia sobre como seria a prova, mas no ano passado foi tudo uma grande novidade”, diz, comentando que a prova não tem um conteúdo específico. “É sobre a ciência da língua e cada ano são línguas diferentes. Nós precisamos usar o raciocínio lógico para responder as questões. Ter participad­o da olimpíada no ano passado me deu mais segurança no formato da prova, mas o conteúdo é muito difícil”, afirma.

Orgulhoso, o pai Vicente Palote conta que o filho também conquistou uma medalha de ouro na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) 2018.

Além disso, ele já recebeu medalhas em olimpíadas de outras disciplina­s, como Geografia e Física.

“Ele surpreende a gente. Semanas antes da olimpíada do ano passado, na Irlanda, ele havia me perguntado o que era Linguístic­a e, mesmo sem saber a resposta, me pediu para se inscrever. Tudo tem acontecido rápido demais”, comenta o pai. “Ele sempre estudou em escola pública, mas sempre esteve à frente da turma, pois tinha muita facilidade para aprender.”

Agora, Palote vai se decidir sobre qual profissão seguir. Segundo o pai, a participaç­ão em olimpíadas de diferentes áreas abriu um leque de possibilid­ades. “Minha matéria preferida é matemática e por isso penso em algo na área de Exatas ou Biológicas, mas ainda não me decidi”, responde o jovem, que cita a amizade com estudantes de outros estados brasileiro­s e países como a melhor das experiênci­as.

A equipe brasileira tem o patrocínio do Instituto Vertere e Equitas, que investe em treinament­o e suporte socioemoci­onal dos estudantes. “O resultado mostra que estamos conseguind­o fomentar no País uma cultura olímpica, o que é fundamenta­l para a transforma­ção de nossa educação”, afirma o diretor do instituto, Daniel Lavouras.

E para incentivar outros estudantes a participar de eventos como as olimpíadas, o jovem talentoso deixa um recado: “Acredite que tudo é possível e corra atrás, porque sempre vai ter alguém que possa te ajudar.”

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Divulgação “Acredite que tudo é possível e corra atrás”, aconselha Gustavo Palote
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