Folha de Londrina

Concurso Pequeno Jornalista vai enfocar as notícias falsas

Concurso promovido pela FOLHA para incentivar a produção de textos entre alunos do 5º ano do fundamenta­l vai abordar o tema este ano

- Micaela Orikasa Reportagem Local

As notícias falsas – também conhecidas pela expressão em inglês ‘fake news’ - que circulam livremente pelas redes sociais têm gerado uma grande preocupaçã­o entre entidades, empresas e órgãos públicos, já que as consequênc­ias para a sociedade podem ser extremamen­te prejudicia­is ou até irreversív­eis.

É para essa reflexão que a FOLHA, por meio do programa Folha Cidadania, convida os alunos do 5º ano do ensino fundamenta­l das escolas participan­tes deste projeto, a se inscrevere­m no Concurso Pequeno Jornalista, até o dia 4 de setembro.

Nesta 12ª edição, os estudantes devem escrever uma redação com no mínimo 10 (dez) e no máximo 15 (quinze) linhas, sobre “Quais as consequênc­ias de compartilh­ar notícias falsas na internet?”.

De acordo com a assistente de projetos do Grupo Folha, Nathália Sheguera, a escolha de temas atuais tem como objetivo conscienti­zar os alunos da importânci­a do assunto, incentivar a produção de redações e desenvolve­r o pensamento crítico e a criativida­de dos alunos.

A cada edição, o número de participaç­ões vem superando as expectativ­as. No ano passado, foram mais de 300 redações. O tema foi “Por que devemos cuidar bem do planeta Terra?” e a aluna Ana Clara S. Carvalho foi uma das vencedoras. Ela é de Londrina e foi orientada pela professora Angela Maria da Silva Cheira, da Escola Municipal Nair Auzi Cordeiro, no conjunto Milton Gavetti (zona norte).

“O tema deste ano é muito interessan­te. Já estamos debatendo esse assunto em sala de aula porque já faz parte do dia a dia das crianças. Um dos conteúdos que a gente trabalha é por exemplo, a ética”, comenta ela, que participa do concurso há seis anos.

A professora diz que para auxiliar os alunos no desenvolvi­mento do assunto, utiliza as matérias do jornal impresso. “O jornal traz conteúdos de forma ampliada, com debate em diferentes áreas e por diversos profission­ais. Isso é uma ferramenta valiosa, pois nossa intenção como professore­s é formar cidadãos críticos e reflexivos”, diz.

APROPRIAÇíO DA ESCRITA

O docente da UEL (Universida­de Estadual de Londrina), Rovilson José da Silva, comenta ser necessário que “a criança em qualquer fase escolar, mas principalm­ente nos anos iniciais, se aproprie da escrita para entender que é um processo de construção que faz parte dela, isto é, que é uma maneira também dela se expressar, promover e encontrar convivênci­as, de manifestaç­ão de ideias”, destaca.

Silva atua na área de Didática da Língua Portuguesa para os anos iniciais do ensino fundamenta­l, e acredita que a abordagem de temas atuais como esse proposto pelo Programa Folha Cidadania, é uma forma de levar os alunos a pensarem na fidedignid­ade dos fatos.

“Isso vai ao encontro de uma prática muito importante na escola. Quando trabalhamo­s pesquisa com crianças, estamos transmitin­do a relevância da investigaç­ão, da escolha das fontes, ou seja, colaborand­o para o desenvolvi­mento do pensamento reflexivo”, afirma.

Para o MEC (Ministério da Educação), os professore­s do ensino fundamenta­l devem, “sempre que possível ligar as produções feitas na escola a um fim mais objetivo”, para que elas não percam o sentido ou se transforme­m em exercícios completame­nte desligados da vida prática.

A orientação dada através do Praler (Programa de Apoio a Leitura e Escrita), cita ainda que os trabalhos podem ser usados “para as crianças irem desenvolve­ndo a noção de autoria e compreende­ndo que os autores se compromete­m com o que escrevem e que a assinatura tem um valor social significat­ivo”.

RESULTADO

Uma comissão julgadora formada por profission­ais das áreas de Jornalismo e Educação, indicados por parceiros do Programa, farão uma pré-seleção das redações. A divulgação dos resultados está prevista para o mês de outubro.

Os critérios de avaliação incluem criativida­de (originalid­ade da ideia apresentad­a e os meios encontrado­s pelo aluno para expressá-la); desenvolvi­mento (forma como o aluno desenvolve a ideia e transmite a mensagem); correção ortográfic­a (erros de concordânc­ia, ortográfic­os e a linguagem utilizada) e senso crítico (exposição do tema e relevância social).

Ao todo, quatro redações serão vencedoras, uma de cada município participan­te do Folha Cidadania (Assaí, Cambé, Jataizinho e Londrina). Os premiados ganharão livros educativos, brinquedo educativo, um par de ingressos de cinema, assinatura trimestral (impresso e digital) do Jornal Folha de Londrina e um certificad­o de participaç­ão.

Os professore­s responsáve­is pelos vencedores também serão reconhecid­os com um kit de semijoias, um par de ingressos de cinema, assinatura trimestral (impresso e digital) do Jornal Folha de Londrina e um certificad­o de participaç­ão.

As redações devem ser encaminhad­as ao Programa Folha Cidadania na folha modelo, entregue para cada escola. É obrigatóri­o que o texto seja produzido individual­mente, sob a orientação do professor responsáve­l em sala de aula.

 ??  ??
 ?? RicArdo ChicArelli ?? Angela Maria da Silva Cheira, professora da Escola Municipal Nair Auzi Cordeiro, de Londrina, diz que o tema do concurso deste ano já está sendo debatido com os alunos: “nossa intenção como professore­s é formar cidadãos críticos e reflexivos”
RicArdo ChicArelli Angela Maria da Silva Cheira, professora da Escola Municipal Nair Auzi Cordeiro, de Londrina, diz que o tema do concurso deste ano já está sendo debatido com os alunos: “nossa intenção como professore­s é formar cidadãos críticos e reflexivos”
 ?? Shuttersto­ck ?? Quatro redações serão vencedoras, uma de cada município participan­te do Folha Cidadania: Assaí, Cambé, Jataizinho e Londrina
Shuttersto­ck Quatro redações serão vencedoras, uma de cada município participan­te do Folha Cidadania: Assaí, Cambé, Jataizinho e Londrina

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil