Concurso Pequeno Jornalista vai enfocar as notícias falsas
Concurso promovido pela FOLHA para incentivar a produção de textos entre alunos do 5º ano do fundamental vai abordar o tema este ano
As notícias falsas – também conhecidas pela expressão em inglês ‘fake news’ - que circulam livremente pelas redes sociais têm gerado uma grande preocupação entre entidades, empresas e órgãos públicos, já que as consequências para a sociedade podem ser extremamente prejudiciais ou até irreversíveis.
É para essa reflexão que a FOLHA, por meio do programa Folha Cidadania, convida os alunos do 5º ano do ensino fundamental das escolas participantes deste projeto, a se inscreverem no Concurso Pequeno Jornalista, até o dia 4 de setembro.
Nesta 12ª edição, os estudantes devem escrever uma redação com no mínimo 10 (dez) e no máximo 15 (quinze) linhas, sobre “Quais as consequências de compartilhar notícias falsas na internet?”.
De acordo com a assistente de projetos do Grupo Folha, Nathália Sheguera, a escolha de temas atuais tem como objetivo conscientizar os alunos da importância do assunto, incentivar a produção de redações e desenvolver o pensamento crítico e a criatividade dos alunos.
A cada edição, o número de participações vem superando as expectativas. No ano passado, foram mais de 300 redações. O tema foi “Por que devemos cuidar bem do planeta Terra?” e a aluna Ana Clara S. Carvalho foi uma das vencedoras. Ela é de Londrina e foi orientada pela professora Angela Maria da Silva Cheira, da Escola Municipal Nair Auzi Cordeiro, no conjunto Milton Gavetti (zona norte).
“O tema deste ano é muito interessante. Já estamos debatendo esse assunto em sala de aula porque já faz parte do dia a dia das crianças. Um dos conteúdos que a gente trabalha é por exemplo, a ética”, comenta ela, que participa do concurso há seis anos.
A professora diz que para auxiliar os alunos no desenvolvimento do assunto, utiliza as matérias do jornal impresso. “O jornal traz conteúdos de forma ampliada, com debate em diferentes áreas e por diversos profissionais. Isso é uma ferramenta valiosa, pois nossa intenção como professores é formar cidadãos críticos e reflexivos”, diz.
APROPRIAÇÃO DA ESCRITA
O docente da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Rovilson José da Silva, comenta ser necessário que “a criança em qualquer fase escolar, mas principalmente nos anos iniciais, se aproprie da escrita para entender que é um processo de construção que faz parte dela, isto é, que é uma maneira também dela se expressar, promover e encontrar convivências, de manifestação de ideias”, destaca.
Silva atua na área de Didática da Língua Portuguesa para os anos iniciais do ensino fundamental, e acredita que a abordagem de temas atuais como esse proposto pelo Programa Folha Cidadania, é uma forma de levar os alunos a pensarem na fidedignidade dos fatos.
“Isso vai ao encontro de uma prática muito importante na escola. Quando trabalhamos pesquisa com crianças, estamos transmitindo a relevância da investigação, da escolha das fontes, ou seja, colaborando para o desenvolvimento do pensamento reflexivo”, afirma.
Para o MEC (Ministério da Educação), os professores do ensino fundamental devem, “sempre que possível ligar as produções feitas na escola a um fim mais objetivo”, para que elas não percam o sentido ou se transformem em exercícios completamente desligados da vida prática.
A orientação dada através do Praler (Programa de Apoio a Leitura e Escrita), cita ainda que os trabalhos podem ser usados “para as crianças irem desenvolvendo a noção de autoria e compreendendo que os autores se comprometem com o que escrevem e que a assinatura tem um valor social significativo”.
RESULTADO
Uma comissão julgadora formada por profissionais das áreas de Jornalismo e Educação, indicados por parceiros do Programa, farão uma pré-seleção das redações. A divulgação dos resultados está prevista para o mês de outubro.
Os critérios de avaliação incluem criatividade (originalidade da ideia apresentada e os meios encontrados pelo aluno para expressá-la); desenvolvimento (forma como o aluno desenvolve a ideia e transmite a mensagem); correção ortográfica (erros de concordância, ortográficos e a linguagem utilizada) e senso crítico (exposição do tema e relevância social).
Ao todo, quatro redações serão vencedoras, uma de cada município participante do Folha Cidadania (Assaí, Cambé, Jataizinho e Londrina). Os premiados ganharão livros educativos, brinquedo educativo, um par de ingressos de cinema, assinatura trimestral (impresso e digital) do Jornal Folha de Londrina e um certificado de participação.
Os professores responsáveis pelos vencedores também serão reconhecidos com um kit de semijoias, um par de ingressos de cinema, assinatura trimestral (impresso e digital) do Jornal Folha de Londrina e um certificado de participação.
As redações devem ser encaminhadas ao Programa Folha Cidadania na folha modelo, entregue para cada escola. É obrigatório que o texto seja produzido individualmente, sob a orientação do professor responsável em sala de aula.