Folha de Londrina

Preso em São Paulo mais um suspeito do assassinat­o da policial Juliane

- Rogério Pagnan Folhapress Marco A. Rossi é sociólogo e professor da UEL - cidadefutu­ra@folhadelon­drina.com.br

São Paulo – A polícia prendeu um segundo suspeito de envolvimen­to no assassinat­o da policial militar Juliane dos Santos Duarte, 27, encontrada morta na noite de segunda-feira (6), na zona sul de São Paulo. Ela estava a desapareci­da havia cinco dias.

O corpo da soldado foi achado no porta-malas de um carro no bairro de Jurubatuba, a menos de dez quilômetro­s de onde havia sido vista pela última vez, em Paraisópol­is, favela com pouco mais de 60 mil habitantes dominada pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e um dos maiores pontos de venda de drogas da cidade.

O novo suspeito foi detido na noite de terça-feira (7) e teve a prisão temporária pedida à Justiça. O homem foi identifica­do como Felipe Oliveira da Silva e, segundo as investigaç­ões, seria a pessoa que abandonou a moto da soldado em Pinheiros, na zona oeste, logo após o desapareci­mento da policial militar.

A identifica­ção de Silva foi facilitada após a polícia analisar imagens de câmeras da rua que mostram a hora em que ele estaciona a moto. A defesa do suspeito não foi localizada.

Ele foi preso em uma forçataref­a realizada pelo grupo especial da Corregedor­ia da Polícia Militar, chamado de PM Vítima, especializ­ado em apurar crimes cometidos contra integrante­s da corporação.

De acordo com o delegado Antônio Sucupira Neto, o suspeito admitiu ter levado a moto da PM para ser abandonada distante da favela, mas negou participaç­ão no assassinat­o. “Há testemunha­s, porém, que o reconhecer­am como sendo um dos quatro indivíduos que abonaram a policial militar na madrugada de seu desapareci­mento”, disse ele.

“Elas reconhecer­am com 100% de certeza a participaç­ão dele, vulgo Silvinho, não só na condução da moto, mas também como um dos responsáve­is pelo arrebatame­nto da policial no bar”, concluiu ele.

A polícia já havia prendido um outro suspeito, pouco tempo antes de o corpo da soldado ter sido encontrado. Everaldo Severino da Silva, 45, foi detido em Paraisópol­is. Denúncias anônimas ligaram a participaç­ão dele ao assassinat­o. Everaldo, que nega participaç­ão no crime, seria integrante do PCC em Paraisópol­is, teria a função de ordenar mortes, segundo informaçõe­s de policiais civis e militares.

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