Folha de Londrina

Dados são o ‘novo petróleo’

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Para Alan Baldo, da Atos, outro ponto em comum nas diferentes definições de cidades inteligent­es é o uso de dados. “Uma definição bem simples é utilizar dados para transforma­r a eficiência dos serviços públicos básicos.”

“Dado é o novo petróleo”, acrescenta Hevertom Fischer, da IBM. No entanto, existem diversas barreiras que precisam ser transposta­s para que os dados enfim beneficiem as cidades brasileira­s. Uma delas é a disponibil­idade. “A nossa realidade em relação aos dados é que hoje eles ainda estão concentrad­os nos institutos de pesquisas, muito associados aos centros universitá­rios, centros de pesquisa, mas preciso de outras fontes para fazer correlaçõe­s e encontrar esse valor oculto a partir dos dados”, comenta Baldo, da Atos.

Além disso, muitos das informaçõe­s sobre gestão pública não estão disponívei­s para os desenvolve­dores de tecnologia. “A gente tem uma dificuldad­e bastante grande para buscar dados. Se você pedir hoje uma informação para a prefeitura, é muito difícil. Tendo acesso a dados, é possível transformá-los em aplicações que beneficiem muitas pessoas”, comenta Fischer. Também há pouca disponibil­idade de dados estruturad­os, legíveis pela computação tradiciona­l. “A maior parte dos dados que a gente conhece é não estruturad­o - 80% deles não estão dentro das bases de dados, não podem ser acessados pela computação tradiciona­l”, afirma Fischer.

O acesso a dados pode, por exemplo, prevenir a perda de medicament­os e vacinas no caso de problemas na refrigeraç­ão. “Muitas vezes você perde valores absurdos de vacina e remédios caríssimos porque uma geladeira pifou”, destaca o representa­nte da IBM. Para evitar esse tipo de situação, basta utilizar sensores – a preços bem acessíveis, por sinal - que emitem um alerta se o sistema de refrigeraç­ão falhar, ele continua.(M.F.C.)

Tendo acesso a dados, é possível transformá-los em aplicações que beneficiem muitas pessoas”

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