Folha de Londrina

Consumidor deve ficar atento

- Mie Francine Chiba (M.F.C.)

“Não existe lei de proteção de dados pessoais. O que se vê são fornecedor­es de maneira desnecessá­ria exigir do consumidor dados que são irrelevant­es para a concretiza­ção da compra ou negócio”, comentou Claudia Silvano, diretora do Procon PR. Dentre os princípios estabeleci­dos pelo PLC, que restringe o tratamento de dados “ao mínimo necessário para a realização das suas finalidade­s, com abrangênci­a dos dados pertinente­s, proporcion­ais e não excessivos em relação às finalidade­s do tratamento de dados”.

Silvano orienta o consumidor a ficar atento. “Se desconfiar de algo, deve, no mínimo, perguntar por quê.” Segundo ela, a falta de uma lei específica representa uma inseguranç­a ao consumidor, que não sabe o que é feito com os seus dados.

A diretora do Procon PR, no entanto, alerta que a no- va legislação não tem relação com o CPF na nota, que utiliza dados dos consumidor­es para fins legais e que podem até mesmo auxiliar outros consumidor­es. Quando o consumidor pede o CPF na nota, o estabeleci­mento é obrigado a emitir a nota fiscal, e as informaçõe­s da compra são automatica­mente enviadas à Receita Federal. Essas informaçõe­s também beneficiam o consumidor, já que elas são utilizadas para comparação de preços de produtos, por exemplo. “É diferente de o fornecedor fazer um banco de dados para poder oferecer produtos de acordo com o perfil “, esclarece a diretora.

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Shuttersto­ck A Lei de Proteção de Dados, aprovada pelo Congresso no início de julho, aguarda sanção do presidente Michel Temer: nova legislação deve entrar em vigor 18 meses após ser sancionada

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