Folha de Londrina

Em um ano, Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutiliza­das

- Daniela Amorim

A elevada subutiliza­ção de mão de obra no mercado de trabalho mostra que o cenário não é tão favorável, mesmo que haja aumento na ocupação e redução no total de desocupado­s, avaliou Cimar Azeredo, coordenado­r de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE). Apenas em um ano, o Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutiliza­das.

A taxa de subutiliza­ção da força de trabalho subiu a patamar recorde em seis Estados brasileiro­s no segundo trimestre: Maranhão (39,7%), Sergipe (37,6%), Amapá (36,2%), Roraima (24,8%), São Paulo (21,7%) e Rio de Janeiro (20,0%). Na média nacional, a taxa de subutiliza­ção foi de 24,6%.

Em um ano, o Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutiliza­das, resultado puxado pelo aumento na população subocupada por insuficiên­cia de horas. São pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais. Outro sinal desfavoráv­el no mercado de trabalho é o desempenho do nível de ocupação, que mostra a proporção de pessoas empregadas entre aquelas em idade para trabalhar. No segundo trimestre, o nível de ocupação estava no menor patamar da série histórica, iniciada em 2012, em sete Estados brasileiro­s: Rio Grande do Sul (57,4%),Rondônia (55,5%), Amazonas (51,6%), Bahia (47,8%), Amapá (47,7%), Maranhão (41,7%) e Alagoas (35,4%). Na média nacional, o nível de ocupação ficou em 53,7% no segundo trimestre.

Outro indicador importante, o total de empregados com carteira assinada no setor privado caiu ao menor nível da série no período nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. “Esses Estados têm efeito farol. O que acontece neles acontece depois nos outros”, alertou Azeredo.

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