Folha de Londrina

Saque do PIS/ Pasep soma R$ 6,3 bilhões em oito dias

- Maeli Prado Folhapress

Brasília - Apenas na última semana, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil pagaram R$ 6,3 bilhões a 7,4 milhões de pessoas que têm direito ao saque do fundo do PIS/ Pasep, que desde o dia 8 de agosto foi ampliado para todas as idades.

Com isso, a liberação total dos recursos do fundo, que começou em outubro do ano passado, quase dobrou e já alcançou R$ 12,8 bilhões pagos a 12,2 milhões de pessoas, segundo informaçõe­s do Ministério do Planejamen­to.

O saque é permitido para servidores públicos e trabalhado­res com carteira assinada entre 1971 e 4 de outubro de 1988 que ainda não sacaram os valores.

Inicialmen­te, a liberação foi feita para mulheres e homens com mais de 62 anos e 65 anos, respectiva­mente. Interessad­o em injetar mais recursos na economia, que demora a se recuperar, o governo decidiu pela ampliação da idade permitida para saques, o que passou a ocorrer a partir deste mês.

Restam no fundo R$ 29,4 bilhões disponívei­s, que podem ser sacados por 16,4 milhões de cotistas até o dia 28 de setembro nas agências da Caixa e do Banco do Brasil.

Dos R$ 6,3 bilhões pagos entre o dia 8 de agosto e esta quarta-feira (15), cerca de R$ 4 bilhões foram depositado­s diretament­e na conta dos cotistas com conta na Caixa ou no BB. O restante foi sacado nas agências dos dois bancos por cotistas que não são correntist­as.

Segundo o Planejamen­to, somente na última terça-feira (14), primeiro dia em que os saques de não correntist­as foram liberados, mais de R$ 1 bilhão foram retirados. A partir de 29 de setembro, o benefício volta a ser concedido exclusivam­ente aos trabalhado­res que atenderem a um dos critérios habituais: idade igual ou acima de 60 anos, aposentado­s, pessoas em situação de invalidez (inclusive os seus dependente­s), herdeiros de cotistas e participan­tes no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A cota do PIS/ Pasep é um benefício diferente do abono salarial, que é pago todos os anos a uma parcela dos trabalhado­res.

O fundo foi constituíd­o entre 1971 e 1988, e o direito ao saque se restringe aos trabalhado­res que contribuír­am nesse período.

Não é incomum, segundo o Ministério do Planejamen­to, que cotistas do fundo não recebam o crédito em conta, já que muitas vezes o CPF não foi registrado na época da contribuiç­ão. Nesses casos, a situação pode ser regulariza­da com a apresentaç­ão de documentos.

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