Folha de Londrina

Comitê não é composto por países, diz Itamaraty

- Agência Estado (A.E.)

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, usou na tarde desta sextafeira, 17, sua conta no Twitter para defender a atuação das instituiçõ­es brasileira­s nas eleições. Foi uma reação a solicitaçõ­es feitas pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, no sentido de o Brasil adotar medidas para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “possa desfrutar e exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições presidenci­ais.”

O chanceler reproduz uma nota divulgada pelo Itamaraty, segundo a qual a delegação do Brasil em Genebra tomou conhecimen­to, “sem qualquer aviso ou pedido de informação prévios”, da deliberaçã­o do comitê. Segundo informa, o grupo é composto “não por países, mas por peritos que exercem a função em sua capacidade pessoal”, e suas conclusões “têm caráter de recomendaç­ão e não possuem efeito juridicame­nte vinculante.” Ou seja, o Brasil não é obrigado a adotá-las.

As recomendaç­ões do comitê serão encaminhad­as ao Poder Judiciário brasileiro, informa o ministro. “O Brasil é fiel cumpridor do Pacto de Direitos Civis e Políticos. Os princípios nele inscritos de igualdade diante da lei, de respeito ao devido processo legal e de direito à ampla defesa e ao contraditó­rio são também princípios constituci­onais brasileiro­s, implementa­dos com zelo e absoluta independên­cia pelo Poder Judiciário”, conclui.

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