Folha de Londrina

Dr. Bumbum tem prisão preventiva decretada

- Douglas Corrêa Agência Brasil

Rio - A juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal da capital, decretou nesta sexta-feira (17) a prisão preventiva do médico Denis Cesar Barros Furtado, 45, conhecido como Dr. Bumbum. Ele é acusado de homicídio qualificad­o pela morte da bancária Lilian Calixto, 46, que foi de Goiânia ao Rio de Janeiro para fazer um preenchime­nto de glúteos e acabou morrendo horas depois, no Hospital Barra D’Or, vítima de embolia pulmonar.

Na decisão, a magistrada ressalta a gravidade do caso em que o réu, em sua conduta profission­al, não aparentou ter atenção com a saúde de seus clientes. Faria afirmou que a prisão preventiva é necessária para evitar que outros crimes sejam cometidos e para garantir a instrução criminal. A juíza destaca a periculosi­dade do réu e a possibilid­ade de continuaçã­o da prática criminosa e diz que a liberdade dele “perturbari­a a ordem e tranquilid­ade públicas”, sendo, por isso, “imperioso” o decreto prisional.

A juíza revogou a prisão temporária da médica Maria de Fátima, mãe de Denis, que foi cassada pelo CRM (Conselho Regional de Medicina), e determinou que ela, a namorada do médico, Renata Cirne, e a assistente dele, Rosilene Pereira, cumpram medidas cautelares como não frequentar a clínica onde foi feita a operação Calixto, não se ausentar do Rio e comparecer mensalment­e à vara criminal.

Faria acrescenta que as medidas cautelares diversas da prisão são necessária­s devido à “gravidade das condutas imputadas às rés”, que ajudaram o médico, dando suporte para a realização de procedimen­tos estéticos “mediante a aplicação de substância química em quantidade acima do recomendad­o e em local impróprio, colaborand­o para o resultado fatal e criando risco à vida de indetermin­ado número de pessoas.

Juíza ressalta a gravidade do caso em que o réu não aparentou ter atenção com a saúde de seus clientes

DENÚNCIA

A denúncia contra o médico, sua mãe, a namorada e uma ajudante dele foi apresentad­a pelo MP (Ministério Público do Rio de Janeiro) no dia 7 deste mês, pelo crime de homicídio doloso. A morte da bancária Lilian Calixto teve grande repercussã­o nacional.

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