Bolo magro
No início do ano, a confeiteira Juliana Jabur engordou 10 kg e se viu na necessidade de entrar no universo fitness, mas não sem o doce. Formada em gastronomia, com cursos em confeitaria feitos em diversos países e semifinalista do programa Bake Off Brasil: Mão na Massa, do SBT, a doceira aliou técnicas para produzir doces que fossem ao mesmo tempo saborosos e menos calóricos.
“Eu engordei, então comecei a correr e a conviver com esse meio fit, que eu sempre fui contra, tinha preconceito. Eu experimentava doces e não gostava de nada, defendia que era melhor comer metade de um bolo normal do que aquilo, mas descobri que não é bem assim”, conta.
Acompanhada por um nutrólogo e já trabalhando na produção de doces, viu a necessidade de adaptar suas próprias receitas. “A pessoa que está fazendo dieta está carente, ela já não está comendo o que gosta, então pensei em desenvolver produtos pelo afeto, como uma infância fit: nega maluca, cuca de banana, bolo de fubá, formigueiro e de cenoura. Independentemente da idade, todo mundo gosta, são tradicionais”, afirma.
Mas adaptar receita na confeitaria não é uma coisa fácil. “É diferente da cozinha quente, a confeitaria é exata, quando você erra uma parte de um doce, tem que começar tudo de novo”, afirma. Para conseguir transformar um doce cheio de gordura para menos agressivo à saúde, precisou aliar muita técnica. “Não é só pegar e trocar, porque tem que saber qual é a proporção disso, então uso banana, tâmara, coisas que já possuem o açúcar natural. Brinco que ainda estou no meu laboratório”, ri.
E como acredita que o experimento deu certo, Jabur perdeu 5 kg mesmo comendo seus doces, está incluindo no cardápio novas opções aos clientes, agora em uma nova marca, a Davvero Fit. “Eu tinha preconceito sobre essa coisa de nutrição e gastronomia, mas vejo que é possível fazer muita coisa boa, só que é preciso usar processos de cozinha quente, fria, da confeitaria, além de pesquisar, testar, até encontrar o ponto”, finaliza. (L.T.)