Folha de Londrina

Bolsonaro pede ao STF antecipaçã­o do julgamento de denúncia por racismo

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A pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira, 22, aponta que o deputado

federal Jair Bolsonaro (PSL) perderia em um eventual segundo turno para Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). O candidato do PSL venceria, contudo, em uma disputa com Fernando Haddad (PT).

Na projeção de segundo turno entre Marina Silva e Bolsonaro, a candidata da

Brasília -

A defesa do candidato do PSL à Presidênci­a da República, Jair Bolsonaro, pediu nesta quarta-feira, 22, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a antecipaçã­o do julgamento da Primeira Turma da Corte, que vai decidir se recebe ou não uma outra denúncia apresentad­a pela Procurador­ia-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por crime de racismo.

O julgamento está marcado para o dia 4 de setembro, quando a propaganda eleitoral já estará sendo veiculada no rádio e na televisão. “O País não para por causa de campanha eleitoral. A Justiça continua normalment­e”, disse o presidente da Primeira Turma, ministro Alexandre de Moraes, a repórteres, ao chegar para a sessão plenária do STF nesta tarde.

A defesa de Bolsonaro quer que o caso seja discutido pelos ministros já na terça-feira da semana que vem, 28 de agosto, quando está prevista a próxima sessão da Primeira Turma do STF.

Os cinco ministros da Turma vão decidir sobre se o parlamenta­r se torna réu ou não pelas acusações de ofensas praticadas contra quilombola­s, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Além de Moraes, integram o colegiado os ministros Marco Aurélio Mello (relator do inquérito), Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.

De acordo com denúncia apresentad­a em abril pela procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em 2017, o deputado federal, em pouco mais de uma hora de discurso, “usou expressões de cunho discrimina­tório, incitando o ódio e atingindo diretament­e vários grupos sociais”. Procurada pela reportagem, a assessoria de Bolsonaro não havia se manifestad­o até a publicação deste texto.

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