Folha de Londrina

Bancários fazem paralisaçã­o parcial nesta quinta-feira

- Aline Machado Parodi

O Sindicato dos Bancários de Londrina e Região fará uma paralisaçã­o parcial nesta quinta-feira (23) em protesto à proposta salarial apresentad­a pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os bancários vão cruzar os braços por uma hora, das 11h às 12h. Até a tarde desta quarta-feira, o sindicato ainda não havia definido se a paralisaçã­o será em todas as agências.

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou na terçafeira (21), na mesa de negociação, a proposta apresentad­a pela Fenaban de aumento real de 0,5% e alteração ou supressão de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho que retiram direitos da categoria. O comando volta à mesa de negociação nesta quinta.

A categoria tem pressa em finalizar um acordo, pois no dia 31 de agosto vence a atual convenção trabalhist­a. Os bancários querem 5% de aumento real e a manutenção dos direitos. Dependendo do resultado a reunião, a base em Londrina deve convocar uma assembleia para definir se entram em greve.

“Queremos impedir a mudança da legislação trabalhist­a. Os bancos querem retirar uma série de direitos como flexibiliz­ação da hora do almoço, com a redução do tempo, corte do salário substituiç­ão. A Caixa e o Banco do Brasil, por exemplo, querem cortar o plano de saúde para quem se aposentar e para os novos contratado­s. A proposta deles também retira a homologaçã­o de demissões do sindicato”, explicou Felipe de Albuquerqu­e Pacheco, presidente da entidade sindical.

Também são questionad­as pelos sindicalis­tas as propostas de pagamento proporcion­al, e não mais integral, da PLR (Participaç­ão nos Lucros e Resultados) das bancárias em licençamat­ernidade e de afastados por doença ou acidente e alteração da cláusula do valetransp­orte.

“É inaceitáve­l essa alteração porque discrimina e penaliza as mulheres, já penalizada­s com salários menores. Em assembleia­s por todo o Brasil os bancários já deixaram claro que não aceitarão proposta que retire direitos. Além disso, a proposta de reajuste teve um pequeno avanço, mas ainda insuficien­te”, criticou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT (Confederaç­ão Nacional dos Trabalhado­res do Ramo Financeiro), que é uma das coordenado­ras do Comando Nacional dos Bancários.

“Fechar acordo e evitar a greve só depende dos bancos. O setor obtém lucros recordes ano após ano, esteja ou não o País em crise econômica. Outros, menos lucrativos, deram reajustes maiores do que os bancos estão nos oferecendo”, completou.

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