Candidatos ao senado têm patrimônio milionário
Empresário Oriovisto Guimarães é o mais rico entre os 14 candidatos paranaenses
Sete dos 14 candidatos que disputam as duas vagas ao Senado do Paraná têm patrimônio declarado acima de R$ 1 milhão, segundo informações levantadas pela FOLHA no site DivulgaCandContas das eleições 2018 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os bens dos postulantes variam de R$ 30 mil a R$ 240 milhões. O proprietário do Grupo Positivo, Oriovisto Guimarães (Podemos), é de longe o mais rico. Só em participação societária, o empresário paranaense possui R$ 110 milhões em patrimônio.
A segunda candidata mais rica ao Senado é a advogada Mirian Gonçalves, que foi vice-prefeita de Curitiba na gestão Gustavo Fruet (PDT) entre 2012 e 2016. Ela tem um patrimônio de R$ 6,04 milhões, sendo R$ 2,15 milhões referentes a um apartamento. Também tem duas casas, avaliadas em R$ 886.177,46 e R$ 489.500,00, respectivamente. Em joias e objetos de arte declarou ter R$ 260 mil.
Já o ex-governador Beto Richa (PSDB) informou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 4.839.118,14, contra R$ 5.547.332,88 declarados em 2014, quando foi reeleito no Palácio Iguaçu. O montante diminuiu em R$ 708 mil, representando uma queda 12%. Em 2014, o tucano tinha mais de R$ 3 milhões investidos em uma carteira diversificada de investimentos em ações em empresas como Petrobras, CNS e Vale do Rio Doce e imóveis. Agora, em 2018, o maior volume de bens (88%) vem de um empréstimo de R$ 3,25 milhões - “crédito decorrente de empréstimo”, segundo informação do TSE. Já investimentos em ações caíram para R$ 621 mil e aplicação em renda fixa está em R$ 824 mil e não há imóveis.
O senador Roberto Requião (MDB) declarou patrimônio de R$ 1.190.564 em 2014, quando foi candidato ao governo do Paraná. Neste pleito, em que tenta a reeleição ao Senado, seus bens somados são de R$ 2.049.632,70, crescimento de 72% nos últimos quatro anos. O emedebista concentra o investimento em aplicação de renda fixa (R$ 700 mil), tem guardado dinheiro em espécie (R$ 180 mil) e apenas um imóvel em seu nome (R$ 80 mil).
O londrinense Alex Canziani (PTB), que disputa pela primeira vez o Senado, tem patrimônio de R$ 2,401 milhões, R$ 370 mil a mais do que o declarado em 2014, quando foi reeleito deputado federal. Entre os bens está uma casa declarada em R$ 550 mil na zona sul e investimentos em terrenos e aplicações bancárias.
Flávio Arns (Rede), que já ocupou cadeira no Senado pelo PT, e foi eleito vice-governador em 2010 com Beto Richa, informou patrimônio concentrado em três imóveis que somam R$ 1.032.616.
OUTROS CANDIDATOS
A FOLHA não conseguiu levantar dados de declarações anteriores dos candidatos Rodrigo Reis (PRTB), Luiz Adão (DC), Jacqueline Parmigiani (Psol), Gilson Mezarobba (PCO), Roselaine Ferreira (Patriotas), Ze Boni (PRTB) e Rodrigo Tomazini (PSOL), que disputam pela primeira vez a eleição majoritária. Procurados por meio das assessorias, os ex-governadores Beto Richa e Roberto Requião não quiseram comentar a mudança no patrimônio. “São informações reservadas e prestadas à Receita Federal”, resumiu a assessoria do candidato tucano.