Propostas muito difíceis de cumprir
Todo candidato à Presidência da República precisa apresentar uma proposta de programa de governo junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que fica exposto no site do tribunal para que qualquer cidadão com acesso à internet possa conferir. Infelizmente, poucas pessoas se dão ao trabalho de ler os documentos - de maneira crítica - como uma forma de auxiliar na escolha do seu candidato. Essa postura ajuda na consolidação de fenômeno bem conhecido pelos brasileiros: promessas de campanha que nem sempre são possíveis de realizar.
Ano eleitoral é sempre igual, independente do Estado ou do município. As promessas surgem de todos os lados, como uma forma de seduzir o eleitor. Mas como avaliar qual proposta é realmente viável e qual é apenas promessa?
Nesta edição de fim de semana (25 e 26), a Folha de Londrina desvenda algumas propostas dos 13 candidatos que disputam os votos do eleitorado brasileiro rumo ao Palácio do Planalto. Não é difícil encontrar promessas difíceis de serem implantadas, como a de eliminar o defict fiscal do País já no primeiro ano do mandato ou isentar de Imposto de Renda quem ganha até cinco salários mínimos. Após a última greve dos caminhoneiros, não faltou candidato prometendo estender a malha ferroviária brasileira de 30 mil quilômetros para 150 mil quilômetros. Projetos grandiosos de estatização estão nos planos. Tem gente cogitando estatizar as cem maiores empresas do Brasil. A reportagem selecionou cinco propostas para o setor de economia e infraestrutura de cada candidato e escolheu uma para repercutir com profissionais ligados ao tema.
A obrigatoriedade da apresentação do programa de governo no momento do candidato registrar a candidatura é uma forma que o TSE encontrou de obter um compromisso dos políticos que esperam ocupar um cargo no Executivo. Mas o papel aceita tudo. E no Brasil, a classe política é famosa pela dificuldade em honrar seus compromissos de campanha.
As promessas surgem de todos os lados, como uma forma de seduzir o eleitor