Folha de Londrina

Representa­ntes dos caminhonei­ros falam em ‘informaçõe­s falsas’

- Felipe Pontes Agência Brasil

Brasília -

Representa­ntes dos caminhonei­ros acusaram as entidades da indústria e do agronegóci­o de disseminar informaçõe­s falsas e pagar por campanhas de convencime­nto da sociedade que distorcem dados. Na audiência pública no STF, eles fizeram uma defesa enfática da tabela de preço mínimo do frete, que dizem ser necessária para garantir apenas a cobertura dos custos do trabalhado­r.

“Trabalhar pelo óleo diesel, ministro, não é cabível, ninguém nesse País pode trabalhar só para o pão, outras necessidad­es básicas precisam ser remunerada­s pelo nosso trabalho”, afirmou Carlos Litti Dahmer, representa­nte do Sindicato dos Transporta­dores Autônomos de Carga (Sindtac).

Também defenderam a necessidad­e da medida como um modo de corrigir uma “distorção” do mercado, o ministro dos Transporte­s, Valter Casemiro; o diretor da Agência Nacional de Transporte­s Terrestres (ANTT), Marcelo Vinaud; e a advogada-geral da União, Grace Mendonça.

“O fato certo é que não se tem, nessa relação estabeleci­da entre setor produtivo e o caminhonei­ro, uma liberdade de negociação. Tudo funciona muito bem quando o mercado está equilibrad­o. Há uma distorção de mercado que enseja uma intervençã­o do Estado nessa relação”, afirmou a AGU.

A tabela de preços mínimos de frete foi instituída pela Medida Provisória 832/2018, agora convertida na Lei 13.703/2018, e pela Resolução 5.820/2018, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que regulament­ou a medida.

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