Folha de Londrina

Ibovespa tem pregão de recuperaçã­o e dólar cai

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Índice sobe 0,51% ainda que cautela permaneça

Depois de acumular queda de 2,56% nos dois primeiros pregões de setembro, o Índice Bovespa encontrou espaço para um alívio na quarta-feira (5) e fechou em alta de 0,51%, aos 75.092,27 pontos. A não-divulgação da pesquisa Ibope tirou de cena boa parte da apreensão da véspera, o que favoreceu a recuperaçã­o parcial das perdas recentes. Por outro lado, a persistent­e cautela ante os riscos de um contágio da crise entre países emergentes limitou uma valorizaçã­o maior. África do Sul e Indonésia ingressara­m no rol de preocupaçõ­es pela fragilidad­e das economias. Os negócios foram pouco expressivo­s e somaram R$ 7,8 bilhões, refletindo o baixo apetite por ativos de risco.

Blue chips puxam para cima desempenho da Bolsa

A recuperaçã­o do dia se apoiou no desempenho positivo de blue chips, que foram fortemente penalizada­s nos últimos dias. Os papéis do setor financeiro respondera­m por boa parte da alta do Ibovespa, tendo à frente B3 ON (+4,35%), Bradesco PN (+0,62%) e Itaú Unibanco PN (+0,58%). Vale ON (+0,29%) também contribuiu para a recuperaçã­o, assim como Ambev ON (+0,72%). Apesar do viés positivo durante praticamen­te todo o dia, a cautela com o cenário eleitoral permanece. O Ministério Público de São Paulo pediu liminarmen­te o bloqueio de todas as contas, imóveis e veículos de Geraldo Alckmin (PSDB), acusado de improbidad­e administra­tiva.

Dólar tem dia tranquilo diante dos emergentes

O dólar chegou a subir ante o real, mas se firmou no terreno negativo no início da tarde, acompanhan­do o movimento da moeda americana ante a maior parte das divisas. O ambiente externo mais tranquilo deu espaço para recuperaçã­o de moedas emergentes. A moeda americana à vista fechou em baixa de 0,23%, aos R$ 4,1425. Na mínima intraday, à tarde, chegou a R$ 4,1124 (-0,96%) e na máxima, logo na abertura dos negócios, alcançou R$ 4,1858 (+0,82%). O volume foi baixo, de US$ 254 milhões. No caso da Argentina, o dólar passou a desvaloriz­ar após o banco central do país ter ofertado US$ 100 milhões em leilão. Todo o montante foi tomado pelo mercado.

Taxas de juros médias e longas ficam estáveis

Os juros futuros tiveram queda moderada durante a tarde após registrare­m volatilida­de pela manhã, mas já nos ajustes da sessão regular as taxas de médio e longo prazo zeraram o recuo. O alívio foi moderado e autorizado pelo ambiente um pouco melhor para ativos de economias emergentes. O cenário eleitoral totalmente incerto não permitiu uma devolução de prêmios mais firme. A taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a etapa regular em 8,82%, de 8,86% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 passou de 10,11% para 10,10%. Para janeiro de 2023 terminou em 11,77%, de 11,75%, e para janeiro de 2025 em 12,49%, de 12,47%.

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