Folha de Londrina

...E COM CRÉDITO NEGADO

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Emj ulho, 19% dos brasileiro­s tiveram crédito negado ao tentarem compra rap raz o.O percentual é ligeiramen­te superior aos 17% observados em junho. De acordo com os entrevista­dos, a restrição do CPF em virtude do não pagamento de contas foi a principal razão para a negativa (39%), seguida por renda insuficien­te (18%) e falta de comprovaçã­o de renda (12%). Os dados são do Indicador de Uso do Crédito apurado pela CNDL (Confederaç­ão Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteç ão ao Crédito).

Para o presidente da CN DL, José Cesar da Costa, a recuperaçã­o econômica abaixo das expectativ­as acaba intensific­ando os cuidados das instituiçõ­es financeira­s e do comércio nas políticas de concessão de crédit o,oq ue dificul taseu acesso pelo consumidor. “Há um contingent­e grande de consumidor­es qu ejá tiver am acess o ao crédito em um passado recente ,masqu e hoje enfrent am restrições em raz ãodea trasos de pagamen tosou pela perda do emprego. Por mais que isso seja algo frustrante para o consumidor, a sua liberação sem critérios mínimos aumentaria o risco de inadimplên­cia, de endividame­nt oexc essiv oe também exigiria a cobrança de juros elevados para cobrir esse risco”, explica Costa.

O estado das finanças do consumidor colabora para esse comportame­nto cauteloso por parte dos credores. Apenas 13% dos consumidor­es brasileiro­s estão com as contasno azul - ou seja, com sobra de recursos para consumir ou fazer investimen­tos. A maior parte (46%) adm itees tar no ‘zero a zero’, sem sobra e nem falta de dinheiro, enquanto 35% encontram-se no vermelho e não conseg uem pagar todas as contas com a renda que possuem.

Sobre as dificuldad­es q ueom auusodo crédito pode acarretar, o levantamen­to detectou que 23% dos usuários de cartão de crédito entraram no rotativ onomêsdej ulho ao não quitarem o valor integral da fatura. Os juros cobrados pelos bancos quando o cliente não paga a fatura cheia do cartão de crédito são altos e chegam a 285% ao ano, em média, segundo dados oficiais do Banco Central.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, aconselha que, a cada compra no cartão, o consumidor avalie o quanto a prestação compromete­rá a sua renda. “O cartão de crédito pode ser um aliado do consumidor na organizaçã­o das finanças. O problema está em sua utilização inadequada. Para quem é disciplina­do, o cartão é uma forma inclusive de registro dos gastos, além de permitir em alguns casos o parcelamen­to sem a incidência de juros”, afirma a economista.

(Reportagem Local)

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