Folha de Londrina

CONSCIENTI­ZAÇÃO

Palestras realizadas em escolas públicas e particular­es destacam a importânci­a de combater a desinforma­ção

- geral@folhadelon­drina.com.br Pedro Marconi Reportagem Local

Em sequência de projeto contra fake news, FOLHA leva palestra “Boato não é notícia” a escolas

AFolha de Londrina desenvolve desde agosto um projeto contra fake news junto a estudantes do ensino médio. Escolas públicas e particular­es são visitadas pela chefe de Redação do jornal, Adriana De Cunto, que com a palestra “Boato não é notícia” leva esclarecim­entos sobre a importânci­a do cuidado na disseminaç­ão de conteúdos e como combater a desinforma­ção. O público de 16 a 18 anos foi escolhido também por outro motivo: sensibiliz­ar a participaç­ão dos jovens na política, principalm­ente em período eleitoral, quando muitos irão votar pela primeira vez. “Falamos sobre os problemas que as notícias falsas acarretam e o quanto são nocivas, como se defender e identifica­r, levamos dados. Destacamos sobre a eleição, participaç­ão e interesse pelo tema. Com isso eles podem se tornar multiplica­dores para outras pessoas”, explica De Cunto.

O projeto foi idealizado no primeiro semestre de 2018 e as palestras seguirão pelo mês de setembro. O primeiro colégio visitado foi o St. James’ Internatio­nal School. Até agora, entre

400 e 500 estudantes já participar­am das palestras. “Temos notado que eles ficam surpresos com os números que mostramos sobre o assunto. Muitos ainda desconhece­m sobre este tema”, aponta. Levantamen­to da Universida­de de Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que quase 60% de todos os posts das redes sociais são compartilh­ados sem ao menos terem sido clicados.

Para o superinten­dente do Grupo Folha de Comunicaçã­o, José Nicolás Mejía, o projeto, por sua relevância para o jornal e para a sociedade, carrega um cunho social. “Este projeto é fundamenta­l, não somente pela expressão que a FOLHA tem, mas para conscienti­zar a po- pulação, com destaque para os jovens, sobre o risco das fake news e como identificá­las. Estamos em um momento em que temos o risco de manipulaçã­o da informação e este trabalho busca combater isso. A FOLHA está chegando aos seus 70 anos e tem credibilid­ade e respeito para falar sobre o assunto com autoridade.”

Segundo De Cunto, “o boato desconstró­i, enquanto a informação de verdade ajuda a construir uma sociedade mais consciente de seus direitos e deveres”. Por isso, é necessário debater sobre inverdades, em especial em período eleitoral, quando a desinforma­ção pode ser usada para “inflar artificial­mente ‘virtudes’ de um candidato, criar uma ideia pejorativa de um candidato ou criar boatos e tumultuar o processo”.

Algumas dicas para combater as notícias falsas são buscar informaçõe­s em fontes oficiais, se há duvidas; se atentar à qualidade do texto, em erros de ortografia, pontuação e concordânc­ia, pois podem ser sinais de fake news; ver os comentário­s nas postagens, porque em muitas oportunida­des alguém já desmascaro­u o boato; e, nas redes sociais, desconfiar se alguém está passando notícias duvidosas, verificar se a conta é recente e se tem poucos amigos ou seguidores. A principal orientação é não compartilh­ar se existe receio quanto ao conteúdo.

Na palestra ministrada para os jovens estudantes também é ressaltado o papel do jornalista para desconstru­ir as notícias inverídica­s. “O jornalista se baseia em fatos, ouve as partes envolvidas, faz o cruzamento das fontes. Por isso é preciso sempre buscar o jornalismo de credibilid­ade”, aconselha a chefe de Redação da Folha. “As fake news não são um fenômeno novo, porém vêm se difundindo cada vez mais. Anteriorme­nte elas se concentrav­am em panfletos apócrifos e que tinham uma circulação pontual. Hoje, com as redes sociais, ganharam uma dimensão enorme e de circulação ampla e rápida”, acrescenta.

Com o interesse demonstrad­o pelas escolas visitadas para que os pais tenham acesso ao conteúdo da palestra, existe a ideia de levar o projeto para o público adulto. Em setembro, o Especial Transmídia será sobre “Juventude e Eleição” e funcionará como complement­o do que vem sendo tratado nesta iniciativa. A FOLHA foi a um colégio público londrinens­e, onde levou o debate sobre política, eleições e simulou como funciona uma votação. O suplemento será veiculado na terceira semana deste mês.

Estamos em um momento em que temos o risco de manipulaçã­o da informação ’’

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Gustavo Carneiro “As fake news não são um fenômeno novo, porém vêm se difundindo cada vez mais”, destaca a chefe de Redação da Folha de Londrina, Adriana De Cunto
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