Defesa é ponto crítico para renovação na seleção
Com amistosos diante dos EUA, na última sexta-feira (7), e El Salvador, nesta terça (11), o Brasil inicia nos Estados Unidos um novo ciclo para a Copa de 2022, no Catar. Aos poucos, Tite tem o desafio de promover uma renovação no elenco. Para o ataque, não faltam opções. A defesa, justamente um dos pontos fortes da seleção na Copa de 2018, é o ponto mais crítico.
No ataque, borbulham promessas. Na zaga, há menos alternativas imediatas. É sintomático que os “novos” nomes testados por Tite nessa convocação para o setor defensivo chegariam no Catar com bem mais de 30 anos. Felipe, do Porto, tem 29 anos. Dedé, do Cruzeiro, 30.
No novo ciclo, Marquinhos aparece como a aposta mais segura para ser a âncora da defesa brasileira. Aos 24 anos, deve chegar ao próximo Mundial no auge. Ao lado de Marquinhos, Tite escalou Thiago Silva, de 33 anos, jogador mais velho dentre os atuais convocados, como titular contra os EUA.
A opção pelos veteranos se dá pela falta de opções óbvias. Dos zagueiros já convocados por Tite, Rodrigo Caio, Luan e Jemerson são os que chegariam à próxima Copa com idade em torno dos 30 anos. É difícil apostar que seriam capazes de manter o nível de uma defesa composta por Thiago Silva e Miranda, ou Thiago e Marquinhos.
O atleta mais experiente do atual elenco da seleção tem uma teoria. “Os zagueiros que aqui estão, por mais que estejam com 30, 33 anos, acho que são importantes para dar suporte para os mais jovens que chegam. A parte defensiva sempre é a mais experiente. Você não vê zagueiros tão jovens em times de ponta, titulares. Com o ataque acontece toda hora. Reformulação surge normalmente mais pelos caras de frente, nós aqui atrás temos que dar o suporte para eles”, disse Thiago Silva. Talvez até por isso, Thiago não descarta, se estiver bem fisicamente, fazer parte do grupo em 2022, quando terá 38 anos.