Folha de Londrina

Quem acompanha a seleção?

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Se você sair à rua perguntand­o para as pessoas contra quem o Brasil joga esta noite, certamente ouvirá da maioria que nem sabia que a seleção iria jogar. Que o amistoso será contra El Salvador, tampouco. Tirando época de Copa do Mundo, quando todo mundo entende de futebol e faz textão no Facebook defendendo a “pátria de chuteiras” e xingando quem não pinta o rosto, não enrola a bandeira nas costas e não torce para a seleção, no restante dos anos cada vez menos o brasileiro se interessa pelo time verde e amarelo. Pelo contrário, nestes amistosos fuleiros e caçaníquei­s, o efeito é de maior antipatia, já que o time do coração fica desfalcado de importante­s jogadores em decisões por causas dos testes dos treinador. Duvida? Pergunte ao flamenguis­ta, ao cruzeirens­e...

Bom, não bastasse isso, vêm as decisões equivocada­s do treinador. Tite se mostra cada vez mais subservien­te a Neymar ao entregar a ele a tarja de capitão da seleção. Um jogador egocêntric­o, temperamen­tal e que não tem um dedinho de liderança não pode ser o responsáve­l por unir o grupo, orientar o time em campo, cobrar postura profission­al e entrega dos companheir­os, ser o porta-voz diante dos árbitros que ele tanto xinga e desafia ao longo dos 90 minutos de jogo. Cafu, capitão brasileiro em duas finais de Copa, já disse que Neymar não tem o perfil para usar a tarja.

NÃO É SÓ FUTEBOL

Uma cena chamou a atenção no clássico entre Palmeiras e Corinthian­s. Uma mãe narrava cada detalhe do duelo ao filho, deficiente visual. No estádio do Café, é comum ver um senhor que também não enxerga acompanhan­do os jogos do Londrina vibrando com os detalhes que parentes lhe contam ao longo da partida. Por essas e outras que o futebol ainda respira.

HORA DEVENCER FORA

O Londrina não vence um jogo sequer fora de casa desde a 12ª rodada, quando passou pelo São Bento em Sorocaba. Na sexta-feira (14), o Tubarão encara o Coritiba, na capital, e precisa colocar um fim nesta sina se quiser esquecer de vez a zona de rebaixamen­to e ganhar confiança. Se o acesso é quase impossível, o foco deve ser um final de Série B em grande estilo.

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