Folha de Londrina

Paisagens nômades em lentes sensíveis

A fotógrafa Marina Klink expõe no showroom da construtor­a A.Yoshii fotografia­s registrada­s em expedições pela Antártica

- Marcos Roman Reportagem Local

Com temperatur­as médias que variam entre 30ºC e 65ºC negativos, a Antártica é o continente mais frio e seco do planeta. A terra das geleiras ostenta paisagens naturais únicas e deslumbran­tes. Até o dia 30 setembro, o público londrinens­e poderá conferir raras imagens registrada­s que compõem a exposição “O olhar nômade de Marina Klink”, que reúne registros fotográfic­os captados em várias expedições realizadas pela esposa do navegado Amyr Klink. A mostra aberta na semana passada pode ser visitada gratuitame­nte no showroom da construtor­a A.Yoshii.

Um dos locais mais remotos do planeta, a Antártica tornouse um destino frequente de Marina Klink, que em mais de uma década participou de diferentes viagens para o continente austral. A exposição, segundo ela, reflete a singularid­ade nômade da Antártica. “Nada na Antártica é fixo, tudo é temporário. Os seres humanos, as instalaçõe­s, os animais. Nada é definitivo. Tudo é nômade. O olhar de quem vai também é sempre inquieto, vaga e se deslumbra com o que vê. Nada poderia ser mais nômade que uma viagem polar”, afirma a fotógrafa que esteve em Londrina no último dia 5 para a abertura da mostra.

Marina ressalta que através do encantamen­to provocado pelas belas imagens da mostra pretende despertar a conscienti­zação ambiental do público. “Por meio da fotografia encontrei uma forma de prolongar a experiênci­a de cada expedição e trazer a público a urgência da nossa conscienti­zação sobre nossa responsabi­lidade pela conservaçã­o da natureza. Para isso faço imagens de destinos singulares que pretendo espalhar para dentro da casa das pessoas que talvez não tenham a mesma disposição que eu para enfrentar as dificuldad­es do caminho para ir tão longe”, conta Marina.

Reunindo imagens ainda inéditas em Londrina, a exposição “O olhar nômade de Marina Klink” traz fotografia­s que estão disponívei­s em agências de fotografia­s internacio­nais e galerias de arte, além de já terem sido publicadas por importante­s jornais, revistas e publicaçõe­s didáticas. Marina é autora dos livros fotográfic­os “Antártica - A Última Fronteira” e “Olhar Nômade” ambos publicados pela Editora Brasileira e já esgotados. Recentemen­te lançou “Vamos dar a Volta ao Mundo?”, pela Companhia das Letras e ainda em setembro deve lançar seu terceiro livro de fotografia, intitulado “O Chamado do Sul”, pela Editora Brasileira.

Praticante de atividades outdoor como vela, vôo livre, equitação e mergulho autônomo desde muito jovem, Marina sempre buscou a aproximaçã­o com a natureza. Como fotógrafa já realizou expedições para vários continente­s da Terra com o objetivo de explorar destinos remotos como Ártico, Sudoeste Africano, Índia, Antartica e América do Sul, em busca de experiênci­as inusitadas e de aproximaçã­o com os animais mais icônicos do planeta. A partir da vivência acumulada em suas viagens, Marina faz palestras sobre suas expedições. Em suas apresentaç­ões aborda, de maneira autêntica, sua visão sobre a conservaçã­o e a sustentabi­lidade.

 ?? Ricardo Chicarelli/ Reprodução de foto de Marina Klink ?? Marina Klink usa a fotografia para provocar a consciênci­a sobre a importânci­a da preservaçã­o ambiental
Ricardo Chicarelli/ Reprodução de foto de Marina Klink Marina Klink usa a fotografia para provocar a consciênci­a sobre a importânci­a da preservaçã­o ambiental
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 ?? Ricardo Chicarelli/ Reprodução de foto de Marina Klink ?? As paisagens isoladas da Antártica dão a medida da beleza de um continente pouco conhecido
Ricardo Chicarelli/ Reprodução de foto de Marina Klink As paisagens isoladas da Antártica dão a medida da beleza de um continente pouco conhecido

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