Projetos e prevenção
Em outubro de 2017, um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula, em Goiânia, a motivação teria sido o bullying que ele sofreu. Em novembro de 2013, uma adolescente de 16 anos foi encontrada morta dentro de casa em Veranópolis, na Serra gaúcha. A jovem teria se suicidado após descobrir que o ex-namorado havia espalhado fotos íntimas dela na internet. Estes dois casos são exemplos verídicos noticiados pela imprensa e não são isolados.
De forma a evitar e conscientizar adolescentes da gravidade do comportamento, escolas têm lançado iniciativas pontuais para reverter a situação. A Secretaria da Educação do Paraná, em parceria com a UFPR (Universidade Federal do Paraná) realizou o questionário aplicado em 22 mil alunos - de 122 escolas estaduais e municipais de Curitiba, Colombo, Pinhais, Piraquara e São José dos Pinhais - gerando um relatório estatístico, o “Aprendendo a Conviver”, com informações sobre as percepções dos alunos no que se refere à segurança escolar e o bullying.
O resultado do relatório visa auxiliar cada escola na elaboração de um plano de ação de combate ao bullying e a violência na escola. “O Aprendendo a Conviver prevê uma capacitação de professores, que acabam atuando como multiplicadores dentro da escola para permitir a elaboração de projetos mais eficazes, e muitas vezes simples, de combate à violência”, explica a superintendente da Educação, Ines Carnieletto. Além de encontros mensais em cada escola participante com tutores, o projeto conta com uma plataforma digital que é formada por uma série de videoaulas disponíveis para que os professores complemente a formação. A participação dos professores é voluntária.