Arte urbana em meio ao caos
Alexandre Makiolke abre nesta quinta-feira (13) sua primeira exposição individual chamada ‘Vida’
Utilizando colagem, sobreposição de imagens, tinta, spray, caneta e lápis na concepção de seus trabalhos, o artista plástico Alexandre Makiolke abre sua primeira exposição individual nesta quinta-feira (13), às 19h30, no Sesc Cadeião Cultural. Intitulada ‘Vida’, a mostra que ficará aberta para visitas até 30 de novembro reúne obras com temáticas urbanas que desafiam os dogmas da arte em sua mistura das cores e formas, fauna e flora, força e fragilidade, a prosa do cotidiano encontra a poesia dos sonhos.
Makiolke comenta que através de suas obras procura encontrar a calmaria em meio ao caos urbano em que vivemos. “Diariamente somos bombardeados com milhares de imagens e barulhos. Tento aplicar um filtro que remeta à calma misturando elementos caóticos com cores e símbolos que se contraponham a esse cenário visando despertar leveza e poesia através das imagens”, afirma.
O artista plástico comenta que o processo utilizado nos trabalhos expostos destaca arte digital e a arte urbana tendo como conceito principal o método artesanal de criação da colagem. “A colagem é uma das primeiras expressões artísticas à qual as crianças têm acesso por se tratar de uma arte bastante rudimentar e acessível a todos. Para compor as obras expostas em telas a pesquisa teve seu início com a procura de recortes de imagens e fotografias que são selecionadas e sobrepostas uma a outra, formando uma nova imagem e quadros. Neste processo, a tela do computador é usada como se fosse uma folha de papel”, complementa.
Makiolke ressalta que o procedimento digital permite reconfigurar as dimensões das imagens originais. “Cada imagem é impressa separadamente sendo possível manusear de forma nova os fragmentos. Transformados do pequeno para o grande formato, do digital para o analógico. Nesse processo é acrescentado tinta spray, caneta Posca e até mesmo lápis grafitti”, detalha.
A exposição “Vida” é composta por 12 obras. “Produzi colagens em cinco telas, oito quadrinhos e duas paredes. Todos os trabalhos foram produzidos nos últimos dois meses”, relata o artista plástico que iniciou sua trajetória com colagens digitais em 2007, após trabalhar dez anos como designer gráfico.
Em 2011, Makiolke passou a desenvolver colagens em grandes formatos, integrando os processos de lambe-lambe, criando sua assinatura própria e em séries de trabalhos nesse formato. Há dois anos, começou a praticar serigrafia, produzindo peças de sticker art e lambe-lambe, participando de eventos nacionais e internacionais de arte urbana, como os festivais de La Mèche, em Toulouse; Invasion of New York, em Nova Iorque; 1° World Wide Wheatpaste Wall, em Roma; além da Semana de Arte Urbana do Sesi, em Londrina. “Acredita que a arte urbana não é só forma de expressão artística como, também, de recuperação e humanização das cidades”, conclui.
Mostra tem como conceito principal o método artesanal de criação da colagem