Sessão de julgamento de Alves e Takahashi é marcada para domingo
Após batalha judicial, vereador do PV foi interrogado na Comissão Processante; relatório final aponta cassação de mandatos
Alonga sessão de julgamento que poderá cassar os mandatos dos vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mario Takahashi (PV ) foi marcada para a manhã de domingo (16). A deliberação veio depois da reunião da Comissão Processante que durou mais de três horas nesta quinta(13) e colheu um novo depoimento de Takahashi desta vez na presença de Rony Alves e das defesas. Entretanto, mesmo com o novo depoimento, o relatório do vereador João Martins (PSL) segue indicando a cassação dos mandatos. A dupla é acusada de integrar o esquema investigado pela Operação ZR3, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apurou o pagamento de propinas por mudanças de leis de zoneamentos no município.
Segundo o presidente da Câmara, Aílton Nantes (PP), uma tenda será montada do lado de fora e haverá um reforço na segurança. “Primeiro vem com a leitura do processo e não podemos dimensionar como será feita porque a defesa pode solicitar as partes que podem ser lidas, depois vem a fala dos vereadores”, explica.
DEFESAS
O vereador Mário Takahashi disse que, ao longo do depoimento, fez a sua defesa em quatro frentes que estavam sendo questionadas e trouxe documentos. Questionado se a defesa iria tentar impedir a realização do julgamento marcado para este domingo por conta da manutenção do relatório que pede a cassação dos dois vereadores, o vereador voltou a falar em cerceamento de defesa. “O novo relatório deveria ser levado em conta o meu depoimento e os documento juntados, há claramente um cerceamento de defesa no nosso entendimento. Aí o jurídico vai analisar e ver quais as medidas cabíveis”, disse.
Rony Alves também questionou a manutenção do relatório pela cassação dos dois parlamentares. “Eu avalio como equivocada. Eu entendo que os vereadores que leram e assistirem os vídeos de todas pessoas que vieram aqui depor em especial o principal acusador, que é o Júnior Zampar, elas vão perceber que há um incongruência gigantesca entre o que este rapaz falou ao Gaeco e aqui na Comissão Processante e todos os fatos que nós temos provado sempre que solicitados em qualquer lugar”, afirmou.
PRAZO
A partir do registro do novo depoimento o prazo de 90 dias para o julgamento volta a ser contabilizado fazendo com que o limite seja a meia-noite da próxima terça-feira (18). A defesa de Takahashi entrou com nova ação nesta semana no qual argumenta que o prazo decadencial para os ritos já teria transcorrido, mas o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, Márcio José Vieira, indeferiu o pedido de liminar.
“No nosso entendimento, o prazo decadencial já se expirou e toda vez que entendermos que algum ato da CP feriu alguma norma legal, nós entraremos com alguma medida legal para garantir o decorrer do processo dentro das normas legais”, justificou Takahashi. Segundo ele o respeito aos ritos processuais é essencial para garantir que não haja, no futuro, a suspensão por alguma nulidade. “Eu tenho certeza da minha absolvição, porque não cometi nenhum crime, nenhuma quebra de decoro”, disse o parlamentar.