Ciro questiona viabilidade de Fernando Haddad
Ciente de que disputa diretamente votos com Fernando Haddad (PT) à Presidência da República, o candidato do PDT, Ciro Gomes, criticou duramente o petista nesta quinta-feira (13). Ele adotou a estratégia de acusar o ex-prefeito de São Paulo de fragilidade política e também questionar sua capacidade de derrotar Jair Bolsonaro (PSL) num eventual segundo turno.
“O atributo do Haddad presidente indicado por Lula, isso vai dar m..., não tenho a menor dúvida”, disse Ciro, citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, durante evento na Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Segundo o pedetista, o PT já sabia que Lula não poderia ser candidato, mas, ainda assim, manteve a candidatura do ex-presidente até o último minuto. O objetivo petista é transferir a intenção de voto em Lula para Haddad - votos que Ciro luta para herdar, pelo menos em parte, e assim garantir sua ida ao segundo turno.
“Agitaram essa candidatura fraudulenta e, agora, querem incitar a população a votar numa pessoa que não tem conhecimento do Brasil”, disse o ex-ministro. “Haddad é um querido amigo, uma excelente pessoa, mas ele não conhece o Brasil, ele não tem a garra necessária nesse momento difícil da vida brasileira, em que estamos às vésperas de um fenômeno protofascista, uma ameaça real ao Brasil, e a gente não pode chamar a nação para dançar na beira do abismo.”
Ciro lembrou a eleição de 1989, quando as pesquisas mostravam que tanto Leonel Brizola (PDT) quanto Mário Covas (PSDB) tinham condições de vencer Fernando Collor de Melo no segundo turno, mas quem foi para a disputa foi Lula, que perdeu. “Bolsonaro é o cabra marcado para perder a eleição no segundo turno, se a gente não cometer nenhuma imprudência; porque a rejeição dele é a maior de todas”, afirmou Ciro.