Folha de Londrina

País gera 392 mil empregos no primeiro semestre

- Pedro Rafael Vilela Agência Brasil

Brasília - O saldo de empregos com carteira assinada gerados no primeiro semestre deste ano foi de 392 mil em todo o País, número 452,37% superior ao mesmo período de 2017, quando foram criados 71 mil novas vagas. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos), divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Ministério do Trabalho. Com esse resultado, na comparação entre os primeiros seis meses de cada ano, em 2018 foram criadas 321 mil vagas a mais do que no ano anterior.

Dos oito setores da economia, sete tiveram saldo positivo nos primeiros seis meses deste ano. O melhor desempenho foi no segmento de serviços, que chegou ao final do primeiro semestre com 279.130 postos de trabalho criados; seguido pela indústria de transforma­ção, que gerou 75.726 vagas; e a agropecuár­ia, que gerou 70.334 empregos novos. Já o comércio fechou 94.839 postos de trabalho com carteira assinada.

A taxa de desemprego, segundo a mais recente Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada em agosto pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a), abrange 12,3% da população economicam­ente ativa, volume 0,6% menor do que o apurado em março. O número representa um contingent­e de 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no País.

JOVENS EMPREGADOS

Em uma análise por faixa etária, o levantamen­to mostra que a maior parte dos empregos gerados no primeiro semestre do ano (104 mil) inclui jovens entre 18 e 24 anos. Houve também uma reversão no fechamento de vagas nas faixas etárias entre 25 a 29 anos e de 30 a 39 anos. Enquanto na primeira metade do ano passado esses dois grupos perderam 66 mil vagas de emprego, neste ano já foram abertas, nessas duas faixas, 46,3 mil novos postos de trabalho.

Por outro lado, continuara­m sendo fechadas vagas para trabalhado­res nas faixas de 40 a 49 anos (-16,2 mil), 50 a 64 anos (-122,1 mil) e acima de 64 (-29,6 mil), mas em ritmo menor do que no primeiro semestre de 2017, quando essas três faixas etárias viram o fechamento de 266,4 mil postos de trabalho com carteira assinada em todo o País.

ESCOLARIDA­DE

Dos 394 mil empregos gerados na primeira metade deste ano, 266 mil foram para trabalhado­res com ensino médio completo, seguido de 166 mil para quem tem ensino superior completo, 26,4 mil para quem tem ensino superior incompleto e 6,6 mil vagas para quem tem ensino médio incompleto. Não houve abertura de novas vagas para trabalhado­res com escolarida­de inferior a essas.

Entre os empregos para quem tem ensino médio completo e incompleto, os que absorveram a maior parte das vagas foram alimentado­r de linha de produção (49 mil), faxineiro (32,3 mil) e auxiliar de escritório (24,2 mil). Para quem tem ensino superior completo ou incompleto, a maior parte das vagas foram como auxiliar de escritório (17 mil) e assistente administra­tivo (14,5 mil).

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