Motoristas criticam reajustes conforme cotação internacional
A política de preços da Petrobras para a gasolina e o diesel, com reajustes que levam em consideração a cotação internacional do petróleo e em dólar, é alvo de críticas de motoristas de Londrina. “Não sou economista para dizer com certeza se essa decisão deles é certa ou errada, mas, para mim e para a maioria da população brasileira, os aumentos diários não são apropriados”, diz o designer Daniel Simonato.
Ele tem um carro a gasolina e outro com motor flex. “No outro carro, só uso etanol porque fica bem mais barato, mas nesse não tenho opção”, conta Simonato.
O servidor estadual Heitor Mansan usa a mesma estratégia. “Ultimamente só abasteço com etanol, mesmo porque o preço da gasolina está tão alto que compensa bem mais usar etanol, mesmo que se aplique aquela fórmula dos 70%”, afirma. “Não sabemos por que aumenta tanto, porque é algo desenfreado, sendo que toda a produção dos dois é nossa.
VANTAJOSO
Mansan se refere à conta sugerida pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), de que o preço do etanol tem de custar no máximo 70% do valor da gasolina, para que compense usar o biocombustível. Basta dividir o custo do etanol, hoje na média de R$ 2,80, pelo da gasolina, de R$ 4,52.
Se o resultado for menor do que 0,70, é melhor usar o derivado de cana-de-açúcar e, no caso londrinense, está em 0,61. Para valer abastecer com gasolina, o etanol deveria custar mais do que R$ 3,16.