Ex-governador fica calado em depoimento
Curitiba -
Beto Richa permaneceu calado durante todo o interrogatório prestado nessa sexta-feira (14) ao Gaeco. A mulher dele, por outro lado, responsabilizou o contador das empresas da família que conforme as investigações foram usadas para lavagem de dinheiro. “O exgovernador preferiu silenciar, silenciou integralmente, e não quis sequer fazer comentários sobre aspectos que lhe foram perguntados”, resumiu o coordenador do Gaeco, o procurador Leonir Batisti.
“A ex-secretária explicou que as eventuais responsabilidades das questões cabiam ao administrador das empresas da família, especificamente ao contador Pupo , em quem ela disse ter confiança. Portanto, ele que realizava todas as atividades na administração da sociedade”, prosseguiu. De acordo com Batisti, as oitivas ajudaram “em algum grau”.
Ainda foram interrogados
na sexta, Edson Casagrande e André Felipe Bandeira, irmão do empresário e advogado Túlio Bandeira. “O Casagrande mencionou algumas coisas que não vêm ao caso eu entrar aqui, até porque temos sigilo, mas ficou uma hora lá e mencionou situações inerentes aos contratos. O André Felipe também se manifestou, e a visão é de que ele estava fazendo coisas secundárias, com base no irmão, que o orientava”, contou o procurador.
Último da lista de 15 investigados na Operação Radiopatrulha a se apresentar ao Gaeco, o empresário Joel Malucelli deve ser ouvido na segunda-feira (17). Ele estava em viagem fora do País e antecipou seu retorno. Nesse caso, o prazo de cinco dias da prisão temporária começou a contar na sexta. Beto, Fernanda e Pepe Richa, irmão do ex-governador e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, estavam na unidade do Tarumã. Os demais, incluindo Malucelli, foram para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.