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Isabela de Marques Martins, de 16 anos, conta que seguiu a orientação dos pais, fez o título de eleitor e vai votar neste ano. Da turma, apenas ela e outros dois alunos já têm o documento. Isabela conta que nos debates em sala de aula, principalmente nas de filosofia, a tranquilidade com que o tema “política” é conduzido só é quebrada “às vezes, quando começam a falar de alguns candidatos”, afirma. Para ela, a “simulação” do voto ajudou bastante a entender, na prática, como funciona a representatividade política dos mais variados grupos sociais presentes no Brasil. “Tinha noção mais vendo na TV. Valeu bastante a pena, acho importante para sabermos mais sobre isso”, afirma.
Quem também vai votar pela primeira vez é Daniela Tashiro, 17. Neste ano ela e a irmã aproveitaram juntas para tirar o título com bastante antecedência. A aluna afirma que está buscando na internet as informações sobre os candidatos mas acredita que quando a hora chegar a opinião dos pais é o que vai influenciar mais. E afirma que gostou de participar da dinâmica no Colégio Hugo Simas pois também tinha muitas dúvidas.
“Eu tinha na questão, tipo, de candidatos prometerem coisas que não podem ser cumpridas por eles, em propagandas eleitorais. Eu acho bem importante informar os adolescentes. Já tinha ouvido falar sobre a questão do voto nulo, é uma coisa totalmente diferente do que eu estava pensando. Tem que votar porque se você não faz outra pessoa faz por você e o candidato que você não gosta pode acabar sendo eleito porque você votou em branco”, conclui.
Quando a Justiça decidiu que haveria terceiro turno em Londrina, Pedro Henrique, Isabela e Daniela estavam preocupados apenas em assistirem aos desenhos animados favoritos e se divertirem com os amigos. Quase dez anos mais tarde só o que não mudou é a importância de se ter consciência sobre quem são os candidatos e o que as suas eleições podem significar para a sociedade. Mas com tantas dúvidas geradas hoje em dia pelo ambiente de desinformação nas redes sociais, desafios como passar no vestibular e todos os anseios da juventude, se interessar por política, ainda mais quando o voto não é obrigatório, pode ser algo utópico pra muita gente.
“Eles são o futuro e se não tiverem esta consciência de participação democrática, o Brasil vai cada vez mais se afundar na lama da corrupção. Ela existe porque a sociedade é conivente, não fiscaliza. Talvez os pais destes jovens não participaram tanto. É preciso saber que a política não é ruim. Só é ruim porque os ruins estão lá e estamos permitindo”, lembra o advogado.
No final das aulas foi realizada uma dinâmica de grupo – debate - em que seis jovens puderam expor suas ideias. Pelas ideias levantadas, ficou claro que para eles não adianta exigir que novos comportamentos sejam obtidos a partir de velhas práticas educacionais e de comunicação. Em outubro próximo, jovens como eles, de todo o Brasil, vão ter a possibilidade de conhecer um direito que nasceu há 30 anos, com a Constituição de 1988, o de votar antes de atingir a maioridade. A partir da atividade, pelo menos para estes 27 estudantes, as perspectivas sobre política podem ter sido expandidas de modo a superar as de muitos adultos. Ou, pelo menos, nunca mais serão as mesmas.