Folha de Londrina

Unicef quer estimular participaç­ão política dos adolescent­es

- VINÍCIUS LISBOA AGÊNCIA BRASIL

Os direitos das crianças e dos adolescent­es precisam ocupar um espaço prioritári­o nas eleições de 2018, defendeu o Unicef (Fundo das Nações Unidas para as Crianças e Adolescent­es), que divulgou uma pauta de desafios e ações considerad­as necessária­s para obter avanços em áreas como saúde, educação e segurança.

O documento foi enviado para todos os candidatos à Presidênci­a da República e candidatos a governador­es. A representa­nte do Unicef no Brasil, Florence Bauer, avaliou que o País teve muitos avanços nos últimos anos, mas vive um cenário em que é preciso impedir retrocesso­s e responder a problemas que vêm se agravando, como a violência e a obesidade infantil. Mesmo nos avanços obtidos, como o acesso à educação, a redução da pobreza e da desnutriçã­o, Florance avalia que é preciso combater desigualda­des.

“O Brasil teve avanços impression­antes na educação, desnutriçã­o crônica, e, ao mesmo tempo, a gente sabe que muitas crianças e adolescent­es ficaram para trás”, ponderou ela, que pede que os brasileiro­s avaliem as propostas de seus candidatos para crianças e adolescent­es e priorizem esse tema na hora definir o voto.

O documento destaca seis áreas em que é preciso intervir com mudanças nas políticas públicas, como pobreza, homicídios envolvendo menores de idade, educação, saúde, nutrição e participaç­ão política. Para o Unicef, é preciso estimular a participaç­ão dos adolescent­es nas eleições. Segundo o fundo, houve uma queda de 230 mil eleitores de 16 a 18 anos em relação à campanha eleitoral de 2014, e é necessária a criação de espaços para os adolescent­es possam participar da avaliação de políticas públicas, em tomadas de decisões nas escolas e outros serviços públicos, e estimular a formação de grêmios estudantis.

Para estimular a cobrança aos candidatos e debate sobre os temas apresentad­os, o Unicef lançou também uma plataforma online (www.unicef.org.br/maisquepro­messas, que permite que a população interaja com os candidatos nas redes sociais e estimule posicionam­entos sobre os direitos das crianças e adolescent­es.

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