Novo inquérito de brucelose e tuberculose sai até final do ano

O coordenador da Aliança Láctea e presidente da Comissão Técnica da Bovinocultura de Leite da Faep, Ronei Volpi, também relata o empenho das entidades na linha sanitária do rebanho. Segundo ele, o último inquérito realizado pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária) para a prevalência de brucelose e tuberculose na cadeia leiteira estadual foi realizado em 2006. “Agora estamos fazendo novamente, com mais de 20 mil amostras para ver a prevalência das doenças no Estado.”

Volpi explica que a partir dos resultados, será possível ver uma “nova fotografia” do assunto no Paraná. Segundo ele, há 12 anos, os percentuais eram bons e nada alarmantes. “Agora poderemos continuar com a estratégia que já estávamos fazendo ou evoluir em algo. Até o final do ano já devemos ter encerrado (os trabalhos). Santa Catarina, por exemplo, já deixou de vacinar contra a brucelose, já atingiram um patamar abaixo de 1% de prevalência nas propriedades. Nosso índice de vacinação para brucelose é de quase 90%. As fêmeas de 3 a 8 meses são vacinadas uma vez na vida. Já para tuberculose, o controle é apenas sanitário, não há vacina. Quando um foco é identificado, os animais são abatidos.”

Em relação à cadeia produtiva, Volpi acredita que o controle e fiscalização precisa ser mais ativo por parte dos governos federal, estadual e municipais. “Muitas vezes a inspeção municipal fica a mercê de uma pressão local. Temos que avançar para viabilizar os pequenos e médios produtores, as produções artesanais, e assim por diante.”