Folha de Londrina

Análise do leite aponta evolução em contagem bacteriana

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A APCBRH (Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa) possui aproximada­mente 1,3 mil sócios colaborado­res - algo em torno de 180 mil cabeças de vacas leiteiras - com média de produção de 29 litros de leite/vacas/dia, totalizand­o 5,2 milhões de litros diariament­e. Mas além desses números de produção expressivo­s, a APCBRH conta com dez equipament­os para controle de qualidade do leite produzido no Paraná, atendendo aproximada­mente 270 indústrias, inclusive de outros estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

No ano passado, o laboratóri­o ganhou mais capacidade e agilidade com a aquisição de uma nova máquina eletrônica para análise de leite, com apoio da Seab (Secretaria da Agricultur­a e Abastecime­nto). São realizadas mensalment­e mais de 250 mil análises, sendo 60 mil de leite individual e o restante de amostra de tanque. São feitas também as análises do leite do Programa Leite das Crianças, do governo do Estado.

O gerente do programa de análise de rebanhos leiteiros da APCBRH, José Augusto Horst, explica que a evolução na qualidade do leite paranaense é nítida. Ele prefere não citar índices técnicos sobre a melhora enquanto as discussões acerca das portarias do Mapa estão acontecend­o, mas dá uma geral sobre o tema. “Como um terço das análises são de vacas individuai­s, isso mostra que os produtores estão passando a monitorar a qualidade de cada vaca na propriedad­e. A melhora é significat­iva em contagem bacteriana e se na região esse produtor recebe por qualidade, as vezes vale até a pena segregar o leite de uma vaca para outro fim do que colocar no resfriador e enviar para a indústria (com o restante)”, explica.

Para Horst, todas as discussões em relação às portarias são positivas, mas nem todas têm aplicabili­dade na cadeia de forma instantâne­a. “A cadeia precisa estar preparada para a aplicação de novos requisitos. O que percebo (com as portarias) é uma divisão de responsabi­lidade um pouco maior (entre os players da cadeia). Nem todas as ações são de execução rápida, algumas demoram um pouco mais tempo, como melhorias na propriedad­e, capacitaçã­o dos produtores e na logística.”

Por fim, o gerente da APCBRH relata que a cadeia ainda tem deficiênci­a de infraestru­tura no campo, problemas nas estradas rurais, energia elétrica, entre outros. “A educação continuada, com a capacitaçã­o do produtor, já teve ganhos, mas ainda há espaço para melhorar. Ainda temos problemas também na qualidade da refrigeraç­ão, manejo, e para evoluir em relação à sanidade dos rebanhos.”

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