Campanha quer atingir jovens
No mês de julho, Curitiba sediou o “Movimento da Fertilidade”, um evento inédito da SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida) para conscientizar jovens sobre a importância de preservar a fertilidade natural e as limitações do sistema reprodutivo.
O especialista em reprodução humana Álvaro Ceschin, membro da SBRA, explica que a idade também interfere na qualidade espermática em homens acima de 50 anos, apesar dos espermatozoides serem produzidos de forma contínua.
Nas mulheres, o passar do tempo é ainda mais impactante, pois elas nascem com aproximadamente um milhão de óvulos e vão perdendo essa reserva ao longo dos anos. Para se ter uma ideia, na adolescência, esse número cai para 300 mile, desses, estima-se que a mulher vai utilizar cerca de 300 em idade reprodutiva.
“Omarcoéaos 35 anos, com declínio acentuado depois dos 40. Além da quantidade, há alterações também na qualidade. Então, oalertaépa raque as pessoas tenham uma consciência da importância de adotar hábitos saudáveis”, ressalta. Para um prognóstico maior de engravidar, o especialista destaca a alimentação saudável, a prática de atividade física e a saúde emocional.
Ceschin cita ainda que cada vez mais as mulheres estão engravidando mais tarde. “Houve uma mudança social. No Brasil, o número de mulheres que optam por serem mães após os 40 anos aumentou 49,5% nos últimos anos”, aponta.
Dados do Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), do Datasus, mostram que entre 2010 e 2016 o número de mulheres que tiveram filhos na faixa dos 35 aos 49 anos, subiu 28%, passando de 299 mil em 2010, para 384 mil em 2016.
“Hoje, já existem alternativas como congelamento de óvulos para aumentar a possibilidade de engravidar no futuro, especialmente em jovens com alguma redução por conta de doença oncológica. Para o futuro, já se tem pesquisado muito o congelamento de tecido ovariano, visando a possibilidade de concepção natural”, conclui.