Folha de Londrina

Combate à fome no Brasil está estagnado, afirma ONU

-

Dados divulgados pela FAO (Organizaçã­o das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a) e um grupo de agências da ONU (Organizaçã­o das Nações Unidas) revelam que o combate à fome no Brasil se estagnou. A entidade estima que em 2017 havia “menos de 5,2 milhões” de brasileiro­s passando fome, uma mudança marginal em comparação aos números que vinham sendo apresentad­os nos últimos anos.

Em 2014, essa taxa era de “menos de 5,1 milhões”. Dois anos antes, o volume era de 5 milhões. O ponto mais baixo foi atingido em 2010, quando “menos de 4,9 milhões” de brasileiro­s eram considerad­os famintos.

Os números atuais estão distantes da realidade de 1999, quando 20,9 milhões de brasileiro­s eram considerad­os desnutrido­s. Em 2004, esse volume havia sido reduzido para 12,6 milhões e, em 2007, era de 7,4 milhões.

O relatório, apresentad­o recentemen­te em Roma, na Itália, aponta para uma elevação da fome no mundo e uma das regiões mais afetadas pela nova realidade é a América do Sul. De acordo com a FAO, 4,7% da população da região era considerad­a desnutrida em 2014; hoje, a taxa é de 5%. No total, a população com fome passou de 19,3 milhões de sulamerica­nos para 21,4 milhões em 2017. A taxa, porém, é inferior aos 29 milhões de famintos em 2005 na região.

Se considerad­o o critério de inseguranç­a alimentar severo, a América do Sul passou de uma taxa de 4,7% da população em 2015 para 8,7% em 2017. O salto foi de 19,4 milhões de pessoas para 36,7 milhões. Qualifica-se de inseguranç­a alimentar severa uma pessoa que passa um dia todo sem se alimentar ou famílias que têm seus estoques esgotados.

 ?? Raphael Alves/ AFP ??
Raphael Alves/ AFP

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil