STJD vai denunciar Galo por gritos da torcida
Belo Horizonte -Os gritos homofóbicos em que parte da torcida do Atlético-MG cita o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) para provocar os torcedores do Cruzeiro no Mineirão, na tarde de domingo (16), podem causar punição ao próprio clube. Ciente do ocorrido, a Procuradoria-Geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) garante que “o fato não passará em branco”.
O órgão ainda estuda imagens e aguarda o recebimento da súmula da partida, apitada por Rafael Traci (PR), para fazer uma possível denúncia sobre o caso. Na ocasião, durante o intervalo do clássico válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, alguns torcedores provocaram os rivais com um grito homofóbico: “Cruzeirense, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar veado”.
Na noite de domingo, o Atlético-MG se manifestou sobre o fato e repudiou a atitude daqueles que entoaram o cântico nas cadeiras do Mineirão. “O CAM (Clube Atlético Mineiro) lamenta profundamente as manifestações homofóbicas de parte dos torcedores, no jogo deste domingo, no Mineirão. Reiteramos nosso repúdio a quaisquer gestos de preconceito ou de incitação à violência. A maior torcida de Minas é composta por pessoas de todas as classes sociais, raças e gêneros, não cabendo qualquer tipo de discriminação. Isso não faz parte da nossa gloriosa história”, escreveu o clube.