Automação vai agravar desigualdade, diz estudo
Estudo do Pew Research Center, de Washigton DC(EUA), realizado em dez países e divulgado na quinta-feira (13), revela que oito em dez brasileiros acham que a automação no mercado de trabalho vai agravar ainda mais as desigualdades entre ricos e pobres no País.
Além do Brasil, o levantamento do Pew foi feito a partir de dados da Grécia, Japão, Canadá, Argentina, Polônia, África do Sul, Itália, Hungria e EUA. Os brasileiros aparecem em terceiro lugar entre os mais preocupados com o aumento da desigualdade em decorrência da eliminação de empregos com a adoção das máquinas, atrás dos gregos(87%) e argentinos (86%).
Para a maioria, muito do trabalho que hoje é realizado por humanos vai ser feito por robôs e computadores nos próximos 50 anos.
O estudo identificou ainda um ceticismo em relação ao benefício econômico trazido pela automação. Em sete dos dez países avaliados, mais da metade da população não acha que a utilização de robôs e computadores em postos de trabalho vai tornar a economia mais eficiente. No Brasil, a fatia é de 47%.
Em nenhum dos países analisados a maioria da população considera que o uso de robôs e computadores no mercado de trabalho vai gerar novos empregos e melhorar os salários.
A OCDE (Organização para o Desenvolvimento Econômico e Social) estima que 14% dos empregos em economias avançadas poderiam estar suscetíveis à automação, e outros 32% poderiam substancialmente ser mudados, afetando as vidas de milhões de trabalhadores.
A Coreia do Sul é um dos países com maior nível de automação, com 600 robôs industriais instalados para cada dez mil trabalhadores em unidades fabris. No Japão, a proporção cai para 300, e nos EUA, para quase 200.