ONU busca avanços sobre Coreia do Norte e Venezuela
Nova York
- A Coreia do Norte e o Irã dominarão a reunião de líderes mundiais esta semana na ONU e a busca de avanços na Venezuela será a prioridade dos latinoamericanos. Depois de se aproximar do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e de abandonar o acordo nuclear com o Irã, o imprevisível presidente Donald Trump subirá à tribuna na terça-feira (25) para enfrentar, na Assembleia Geral da ONU, inimigos e aliados cada vez mais preocupados, ou irritados.
Na quarta-feira, ele dirigirá pela primeira vez uma reunião do Conselho de Segurança sobre a não-proliferação e as armas de destruição em massa, a qual se concentrará no Irã. A expectativa é de confronto com outras grandes potências sobre esse tema. “Será a reunião do Conselho de Segurança mais vista na história”, afirmou a embaixadora americana, Nikki Haley.
A cúpula vai analisar os avanços nas relações entre as Coreias do Sul e do Norte, assim como entre Estados Unidos e Coreia do Norte para enfrentar a ameaça dos programas de mísseis balísticos e nucleares de Pyongyang.
No ano passado, Trump assustou a comunidade internacional ao ameaçar destruir totalmente a Coreia do Norte. Washington mudou de tom, e a expectativa é que o discurso de Trump na Assembleia será oposto do apresentado em 2017.
Cerca de 130 chefes de Estado e de Governo assistirão à maratona de seis dias de discursos e reuniões para debater temas que vão de mudança climática ao combate à pobreza, no momento em que os Estados Unidos são acusados de darem as costas para o multilateralismo
VENEZUELA
A crise na Venezuela será discutida à margem da agenda oficial. Ainda não se sabe se o presidente Nicolás Maduro participará da Assembleia. Os chanceleres de Argentina, Colômbia, Peru, Chile e Paraguai anunciarão oficialmente, na ONU, o envio de uma carta à procuradora do Tribunal Penal Internacional, na qual pedirão que sejam investigados crimes de lesa-humanidade cometidos pelo governo venezuelano, informou a missão peruana.
O TPI já abriu uma investigação preliminar sobre a Venezuela, mas não tem a obrigação de concluí-la, nem de comunicar suas conclusões.