Valoração do manual para se destacar
Buscar a própria identidade no trabalho que desenvolve para se colocar no mercado. Este é um fator que o campo do designer de moda acaba suscitando. Samuel Oliveira sabe bem disso. Formado pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), em 2017, criou sua própria marca depois da faculdade e também abriu um ateliê, onde coloca o aprendizado, aliado à criatividade, em prática para crescer profissionalmente.
“O processo de aprendizagem (na universidade) foi bacana, pois os professores deram bastante projeto, o que me fez familiarizar bem com o mercado e não somente com o ensino. Isso foi inserindo novas ideias. No TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) coloquei em prática o que trabalho atualmente. Pesquisei o que poderia aplicar de diferencial no segmento, já que o mercado está com muitos profissionais”, conta. “Apliquei uma pesquisa para saber o que o público queria como diferente. Isso ajudou”, acrescenta.
O diferencial percebido por Oliveira foi valorizar o trabalho manual em detrimento do industrializado. “As peças quando feitas pela indústria são muito parecidas. Já manualmente consegue se dedicar mais aos detalhes”, justifica ele, que optou pelo design de moda em razão do convívio com a família, que tem lojas neste ramo. O profissional trabalha com moda festa para o público feminino e vestidos de noivas. Começou a exercer o ofício em casa e em 2018 resolveu abrir o próprio ateliê no centro de Londrina. O espaço atualmente passa por reformas e em breve será reinaugurado.
A clientela tem crescido graças a indicações e com o auxílio das redes sociais. A tecnologia, inclusive, tem feito Samuel Oliveira aproximar as pessoas da moda, superando a questão da glamorização. “Procuro divulgar o trabalho por meio do Instagram, postando os processos que são feitos no ateliê, para mostrar como é feita a peça. Isso ajuda o público a valorizar”, relata. “Espero conseguir, por meio das técnicas que adoto, me destacar no mercado de trabalho”, projeta.