Folha de Londrina

AVENIDA PARANÁ

Juíza criminal ouviu testemunha­s da acusação; réu ainda não foi interrogad­o

- Isabela Fleischman­n Reportagem Local

A alegria de receber a carta de um velho amigo e herói da minha infância: Dr. Massaru Shikishima

Aprimeira audiência de instrução da suspeita de latrocínio que vitimou Flávio Martins Ribeiro Júnior, 23, foi feita nesta quarta-feira (26). O estudante foi morto em fevereiro deste ano após ser assaltado enquanto trabalhava como Uber, na Zona Norte de Londrina.

O pedido da acusação é para que haja a condenação do suspeito por latrocínio com requinte de crueldade. Se acatada, o réu Matheus (sobrenome não fornecido à reportagem) pode pegar de 20 a 30 anos de pena. A acusação foi feita pelo Ministério Público e o processo segue em sigilo, pois envolve dois menores de idade, nas mãos da juíza Cláudia Bertola, da 4ª Vara Criminal.

O representa­nte comercial Flávio Ribeiro, pai da vítima, criticou o ECA (Estatuto da Criança e Adolescent­e) e pediu redução da maioridade penal. “Não pode fazer nada com esse menor porque o ECA protege. Se ele fosse segurado lá atrás não tinha acontecido isso com meu filho”, lamentou.

A vítima foi baleada na cabeça e seu corpo foi encontrado com as mãos e pés amarrados em uma plantação de soja. O homem que o encontrou, além dos socorrista­s e policiais testemunha­ram a favor da família de Ribeiro durante a audiência, conduzida pela promotora Caroline Esteves.

Bruno Passos, assistente de defesa de Matheus, limitou-se a dizer que crê na defesa do rapaz e que, durante a audiência, solicitou que outras perícias fossem feitas nos objetos de Ribeiro - documentos, carteira e celular - para atestar a inocência de seu cliente.

Mas, o MP (Ministério Público) e Henrique Almeida, assistente de acusação, pedirão indeferime­nto, já que, segundo Almeida, não há necessidad­e da perícia, que causaria mais sofrimento à família.

Mesma situação descrita pela promotora. “Esses objetos foram encontrado­s por um terceiro que já os manuseou posteriorm­ente e isso foi entregue para a família que também já manuseou. Nós entendemos que haverá poucas probabilid­ades de serem colhidas evidências que possam propiciar uma análise técnica nesses objetos porque uma digital foi sobreposta da outra”, explicou.

Esteves disse ainda foram solicitada­s informaçõe­s ao Instituto de Criminalís­tica para “dizer se é viável ou não esse processo “.

Agora o processo segue para precatória­s arroladas pela defesa do réu, que serão ouvidas em Cambé, Mato Grosso do Sul e em Cornélio Procópio, conforme o MP. As testemunha­s serão ouvidas na próxima semana. Já o interrogat­ório de Matheus está marcado para o dia 5 de dezembro.

Com o fim da instrução criminal, abre-se prazo para as alegações finais do MP e da defesa do suspeito. “Acredito que neste ano ainda consigamos concluir em primeira instância esse processo obtendo a condenação”, afirmou Almeida. Se condenado, o advogado poderá recorrer.

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