Folha de Londrina

Hackathon da construção começa hoje em Londrina

Competição com 64 inscritos em grupos busca fomentar desenvolvi­mento de startups com soluções tecnológic­as para um dos principais setores econômicos da cidade

- Fábio Galiotto Reportagem Local

Londrina sedia a partir desta sexta-feira (28) o primeiro Hackathon Construtec­h, que visa fomentar a criação de startups que ofereçam soluções tecnológic­as para a construção civil. O evento será na sede do as dependênci­as do Sinduscon-Norte (Sindicato da Indústria da Construção de Londrina), na avenida Maringá, 2.400. A disputa vai até domingo (30) e reúne 64 inscritos, divididos em grupos, que terão a missão de elaborar propostas para reverter dificuldad­es identifica­das pelas empresas do setor. No último dia, uma banca julgadora escolherá três vencedores, que receberão prêmios de R$ 1 mil a R$ 5 mil no fim de outubro, no Eco.Tic 2018, no Parque Ney Braga.

Contudo, não há limite para o número de grupos que podem ser convidados para incubação de startups. Na avaliação de executivos da construção civil e de especialis­tas, existe uma grande demanda por soluções tecnológic­as para o setor e várias empresas promovem o mapeamento constante do mercado. Tanto que o consultor do Sebrae Rubens Negrão afirma que a construção civil não figurou entre as cinco áreas identifica­das em estudo como prioritári­as para o desenvolvi­mento sob a ótica da inovação em Londrina, que são TIC (tecnologia da informação e comunicaçã­o) saúde, agronegóci­o, químico e materiais, além eletro-metalmecân­ica. No entanto, passou a ser a sexta justamente pelo interesse dessa indústria, que é forte localmente, em fomentar o ambiente de inovação e empreended­orismo, gerar novas startups e oportunida­des de negócios, além de resolver gargalos do segmento.

“Fizemos um mapeamento das construtec­hs em Londrina e há 23 startups além do estágio de criação, que já estão em aceleração ou monetizaçã­o. Precisamos ativar esse ecossistem­a porque o índice de sucesso de startups é baixo, por isso o hackathon”, diz Negrão.

Com esse tipo de iniciativa, ele conta que será possível criar um ambiente propício para a troca de informaçõe­s e para o acesso a investidor­es e a mentorias. Deu certo, pois o número de inscritos ultrapasso­u a abertura inicial de vagas, que era de 60. “A ideia é criar uma estrutura de apoio para essas startups localmente, para termos uma agenda de ao menos um hackathon anualmente no setor”, diz o consultor do Sebrae.

O vice-presidente financeiro do Sinduscon Norte, Gerson Guariente Junior, afirma que a expectativ­a é gerar, no mínimo, três novos negócios. “A indústria da construção é a segunda mais atrasada do mundo em inovação e uso de tecnologia digital. Somos responsáve­is por 50% dos resíduos produzidos no mundo. É um ambiente refratário e letárgico, mas temos recursos, capital e erramos menos do que o habitual nos negócios”, diz.

Guariente Junior considera que esse movimento tem que vir de fora para dentro. “Se uma empresa quiser criar um departamen­to de inovação vai demorar uns cinco anos por conta da burocracia. Não temos mais esse tempo.”

Já o presidente do Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetur­a de Londrina), Brazil Alvim Versoza, ressalta que também os profission­ais do setor se compromete­m a “abraçar” o processo.

ORGANIZAÇíO

O evento é uma iniciativa da governança de construção civil em Londrina, formada por entidades, órgãos públicos e instituiçõ­es de ensino. Os critérios de avaliação levam em conta pontos como a clareza da ideia, a validação do projeto, o benefício para o setor e o nível de inovação.

O Hackathon Construtec­h Londrina é uma realização do Sinduscon-Norte, Ceal e Sebrae, com apoio do Senai e patrocínio­s de A Yoshii, Caixa, Coopercard, Plaenge, Rotesma, Sistema Fiep, Thyssenkru­pp, Vanguard e Yticon. Tem ainda os apoios da Codel, Crea-PR, Mutua-PR, Navis Design e Tecnologia, Pitágoras, Unicesumar, Unifil, UEL, Unopar e Red Foot.

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Shuttersto­ck Indústria da construção civil é forte em Londrina: preocupaçã­o em estimular o ambiente de inovação e empreended­orismo, gerar novas oportunida­des de negócios e resolver gargalos do segmento

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