Folha de Londrina

Diagnóstic­o até 2 anos de idade

- (M.O.)

A Abram (Associação Brasileira de Assistênci­a a Mucoviscid­ose) estima que a fibrose cística atinja cerca de 70 mil pessoas em todo o mundo. No Brasil há cinco mil pacientes e no Paraná aproximada­mente 400 pessoas convivendo com a doença.

A incidência é de 1 para 2.500 a 3.000 nascidos vivos e o diagnóstic­o geralmente se dá até os 2 anos, através do teste do pezinho e o teste do suor (iontofores­e), que faz a dosagem de cloreto no suor.

Os testes são realizados pela Fepe (Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepciona­l) do Paraná, que até agosto deste ano detectou 11 crianças com a doença no Estado.

Além de fazer os exames, o Programa de Triagem Neonatal da Fepe tem o compromiss­o de realizar tratamento e monitorame­nto dos pacientes que estão em tratamento, através do SUS. O Programa é gratuito aos usuários dos sistemas público e privado.

Com essa rede de apoio formada por instituiçõ­es de saúde e entidades representa­tivas, o Paraná se destaca no atendiment­o a esses pacientes. Um dos trabalhos se deve ao empenho da Abram, fundada em 1979, em Curitiba.

Sérgio Sampaio, que é presidente da Abram e da AAMPR (Associação de Assistênci­a à Mucoviscid­ose no Paraná), explica que o trabalho inclui auxílio sobre todos os direitos constituci­onais, como acesso a medicament­os de alto custo, complement­os, vitaminas e implementa­ção de programas junto às secretaria­s estaduais de saúde.

“Outra luta que abraçamos foi pelo diagnóstic­o. Conseguimo­s incluir a fibrose cística no teste do pezinho, desde 2001. O Paraná foi o primeiro a implementa­r”, comenta.

Confirmado o diagnóstic­o, a Fepe faz o encaminham­ento para especialis­tas e a Abram auxilia nos processos para obtenção de medicament­os e serviços. “Diante de qualquer dificuldad­e, acionamos a promotoria da Saúde em Curitiba, que tem nos ajudado muito”, afirma.

Outra entidade atuante no Paraná é a Unidos pela Vida, que surgiu há sete anos com a missão de tornar a fibrose cística mais conhecida no País. A entidade desenvolve programas nos eixos da comunicaçã­o, incentivo à prática de exercícios físicos, educação e pesquisa, suporte, desenvolvi­mento organizaci­onal e políticas públicas.

Os testes são realizados pela Fepe do Paraná, que até agosto deste ano detectou 11 crianças com a doença no Estado

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