‘Se tivesse condição, pagaria plano’
O Ministério da Saúde informou que 80% da população se diz satisfeita com atenção que recebe no SUS. A aposentada Maria Benedita Bachelar, 72, não faz parte desse percentual. Usuária assídua da rede pública, ela reclama de um procedimento pelo qual passou há cerca de dois anos para resolver problemas de varizes. “Fiz uma cirurgia para implantação de espuma, porém não resolveu e pelo contrário piorou. Desde então tenho que comprar remédio de uso contínuo para evitar embolia”, relatou.
Tendo como renda apenas o benefício que recebe do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no valor do salário mínimo, que é de R$ 954, precisa gastar com medicação mensal de cerca de R$ 120 por conta das varizes. “Se tivesse condição iria pagar um plano de saúde particular, pois sabemos que a qualidade é melhor e não precisamos esperar tanto por uma cirurgia. Também acho que veria resultado”, opinou. “Quando busco consulta não demora, mas cirurgia é mais complicado”, detalhou.
Morador dos Cinco Conjuntos, na zona norte de Londrina, Jurandir Sernichiari, 78, descobriu que tem hipertensão há dez anos. O levantamento detalha que quase 40% dos idosos têm uma doença crônica e 29,8% têm duas ou mais, como diabetes, hipertensão ou artrite. O segurança aposentado se encaixa no primeiro grupo e o tratamento é por meio do SUS. “Também frequento a UBS (Unidade Básica de Saúde) para acompanhar a questão da próstata. Temos que ter cuidado por conta da idade.”
A pesquisa também evidencia que 43% dos idosos têm medo de cair devido a defeitos nas calçadas e 36% têm medo de atravessar a rua. “Tem que melhorar as calçadas para termos uma melhor mobilidade.”(P.M.)