Folha de Londrina

Temporal causa destruição em Londrina

Regiões sul e leste foram as mais atingidas; ventos passaram dos 100 km/h e chuva dos 42 mm

- Pedro Marconi Reportagem Local

Um temporal na tarde de quinta-feira (4) deixou destruição e prejuízo em Londrina, principalm­ente nas regiões sul e leste. Segundo o Simepar (Sistema Meteorológ­ico do Paraná), os ventos passaram dos 100 quilômetro­s por hora. A chuva forte e isolada chegou a cerca de 42 mm (milímetros). O fenômeno meteorológ­ico foi ocasionado pela rápida elevação da temperatur­a em uma atmosfera úmida. A Copel informou que mais de 40 mil residência­s ficaram sem energia elétrica em razão de queda de árvores em fiação e postes na cidade. Em Ibiporã (Região Metropolit­ana de Londrina), o número de ocorrência­s foi de 17 mil imóveis sem energia após a passagem do temporal.

Uma delas foi na avenida Dez de Dezembro, no sentido PR-445. Uma árvore de grande porte caiu na via, interditan­do duas pistas e atrapalhan­do o trânsito. Os fios de vários postes ficaram enroscados e foram ao chão. Nas avenidas Waldemar Spranger e Harry Prochet as placas de trânsito ficaram contorcida­s, enquanto que fragmentos de outdoors se soltaram. O forro de dois postos de combustíve­is nesta região caíram. Muita sujeira e barro ficaram pelas ruas.

No jardim Cafezal, também na zona sul, casas foram alagadas por conta do volume da água na rua Badre Dagher. Logo depois da chuva, vizinhos começaram a limpar as moradias e contabiliz­ar o prejuízo. Na residência do filho da serviços gerais Clarisse Santana, móveis comprados recentemen­te foram perdidos. “Nossa rua não é plana e moramos em uma baixada. Toda a vez que chove é isso. Temos poucos bueiros e estes ainda estão entupidos. Fizemos um abaixo-assinado para limparem e nada”, reclamou. “Quando chove não podemos sair de casa pois ficamos com medo”, relatou.

Na casa da representa­nte comercial Maria Carolina Volpato não foi diferente. Ela estava trabalhand­o quando recebeu a notícia de que a água da chuva estava há mais de um metro de altura dentro de sua residência. “Tudo que estava baixo estragou, assim como a geladeira, guarda-roupa, alimentos e peças de roupas. Fico indignada, pois é um problema que poderia ter sido resolvido se tivesse mais boa vontade e atenção do poder público. Familiares e vizinhos vieram ajudar a limpar o barro e escorrer a água.”

A UBS (Unidade Básica de Saúde) do Cafezal precisou interrompe­r o atendiment­o no meio da tarde de quinta em razão do teto que encharcou. A água começou a escorrer em abundância no local. Uma avaliação será feita na sexta-feira (5), mas a expectativ­a é de que os pacientes sejam recebidos normalment­e. Diversas escolas municipais e CMEIs (Centros Municipais de Edução Infantil) de todas as regiões de Londrina foram atingidos por alagamento­s ou outros problemas ocasionado­s pelo excesso de água. Ao todo, 22 instituiçõ­es foram prejudicad­as.

O coordenado­r-adjunto da Defesa Civil em Londrina, Demerval Anderson do Carmo, afirmou que o balanço total com os estragos da chuva será divulgado na sextafeira (5). Na quinta, o órgão passou a tarde distribuin­do lonas e cortando árvores caídas junto com a Sema (Secretaria Municipal de Meio Ambiente). “Quando acontece temporais assim primeiro fazemos a parte de atendiment­os e respostas. Na zona leste, na região do HU (Hospital Universitá­rio), árvores caíram em cima de duas residência­s e nessa mesma localidade casas foram destelhada­s”, explicou. Na avenida Robert Koch, zona leste, parte da estrutura do estacionam­ento de um condomínio de prédios veio ao chão caindo sobre os carros. Ninguém se feriu

Uma árvore caiu em cima de um veículo Gol que estava estacionan­do em frente a um prédio, próximo ao cruzamento da rua Brasil com Jorge Velho, área central. O dono do automóvel havia ido almoçar e disse que escutou um barulho que parecia de acidente. “Fiz algumas entrevista­s de emprego pela manhã e vim para o apartament­o almoçar. Quando estava tendo aquele temporal a árvore caiu e agora o prejuízo é meu, infelizmen­te”, lamentou Aguinaldo Choucino. A síndica do prédio, Matilde Fedatto, sustentou que a árvore estava condenada. “Há mais de cinco anos estamos tentando que a Sema podasse, porém ela falou que estava sadia. Está aí o resultado”, criticou.

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Fotos: Anderson Coelho Na Dez de Dezembro uma árvore de grande porte caiu na via , interditan­do duas pistas e atrapalhan­do o trânsito que seguia para a PR-445; fios de vários postes ficaram enroscados e foram ao chão
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Nas avenidas Waldemar Spranger e Harry Prochet placas de trânsito ficaram contorcida­s

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