LUIZ GERALDO MAZZA
Senado tem corrida quente, com quatro candidatos em empate técnico em segundo lugar
Embora Ratinho Junior festeje vitória no primeiro turno, o que é contestado por Cida, que crê numa disputa final, o que realmente surpreende é a eleição senatorial, em que todos previam vitória de dois exgovernadores, e que apresenta quatro deles em empate técnico em segundo lugar, conforme Ibope recente, com Richa com 17%, Arns 16, Oriovisto 15, Canziani 14, apenas Requião, lá na frente, com 39.
É a majoritária com pegada, com punch, adensamento de disputa e com o público de olho nas pesquisas, aguardando mudanças na classificação. Percebe-se aí sobretudo o desgaste de Beto Richa com as investigações de corrupção, com seu espólio eleitoral retalhado entre os demais candidatos, com a inversão valorativa de sua expressão pessoal como os casos de Oriovisto Guimarães e Alex Canziani, que se tornaram viáveis numa disputa em que não pareciam ter condições de competição, e especialmente de Flávio Arns, favorecido pelos fatores sedimentais que lhe asseguraram a vitória numa eleição intrincada em que bateu o ex-governador Paulo Pimentel e o empresário Tony Garcia sob a legenda do PT.
A Lava Jato permeia mais essa eleição, a senatorial, do que a do governo, posto que o empenho de Cida Borghetti e de João Arruda, seja em cima dos atos de corrupção do governo Richa - com este preferindo o marketing oficial dos feitos otimistas de sua gestão como resposta mais adequada do que a simples negação dos malfeitos a que tanto se agarra, com baixíssimo retorno.