Folha de Londrina

Uma eleição diferente de todas

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Em meio a tantas pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias, chama atenção uma consulta realizada pelo Instituto Datafolha, mostrando que o brasileiro tem muito apreço pela democracia. Segundo a pesquisa, para 69% dos eleitores brasileiro­s, a democracia é sempre a melhor forma de governo, índice superior ao registrado no último levantamen­to sobre o tema, em junho de 2018. Nessa época, 57% dos entrevista­dos tinham a mesma visão sobre a democracia. Segundo o Datafolha, os demais, atualmente, dividem-se entre aqueles que, em certas circunstân­cias, acreditam que é melhor uma ditadura do que a democracia, quem acredita que tanto faz a forma de governo, além dos que não opinaram. E é com a democracia em mente que, neste domingo (7), um pouco mais de 147 milhões de brasileiro­s devem ir às urnas para eleger presidente da República, senadores, governador­es e deputados estaduais e federais. No Brasil, são 147 milhões de eleitores, enquanto no Paraná, são 8 milhões de pessoas aptas a votar, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Com a campanha eleitoral chegando ao fim, de certeza há apenas a constataçã­o de um processo diferente de todos. A campanha mais curta da história termina quebrando todas as certezas e estratégia­s. Não é mais o horário eleitoral gratuito nem os debates na televisão que dão o tom da disputa. O marketing eleitoral dá lugar às guerrilhas nas redes sociais. Como já era previsto, a polarizaçã­o política colocou dois extremos ideológico­s nas primeiras posições das pesquisas e a desinforma­ção rolou solta na forma de fake news. Compartilh­adas à exaustão no grupo da família, do trabalho ou do condomínio, as mentiras fabricadas cumpriram o seu papel de fortalecim­ento das “bolhas sociais”, com os usuários das redes recebendo e consumindo conteúdo de acordo com as suas preferênci­as.

É o momento certo para refletir sobre as consequênc­ias de uma sociedade que parte cada vez mais para uma vida separada em “tribos”, com seus grupos ficando mais distante um dos outros. A polarizaçã­o política que marca as eleições de 2018 não pode impedir o eleitor de votar neste domingo (7) levando em conta que o País precisa mudar de rumo e consciente que a sua escolha será decisiva.

Independen­temente de quem ganhar (no primeiro ou no segundo turno), é preciso confiar que os eleitos aceitem com respeito e honestidad­e a missão de conduzir o Paraná e o Brasil pelas mudanças e reformas necessária­s para gerar emprego, fortalecer a economia e construir uma sociedade mais justa e igual.

A campanha mais curta da história termina quebrando todas as certezas e estratégia­s”

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