Folha de Londrina

Primeiro tiraram o sonho do Aeroporto de cargas e agora proíbem construção de granja

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Alguém me disse, certo dia, em uma reunião na cidade, que “Londrina imita o Brasil: tem ou procura ter legislação de Suíça, e tem economia de quase segundo mundo, que deixa muito a desejar...” Que se não fosse o agronegóci­o, estaríamos pior do que a antiga “Belíndia”. Leitores poderão pensar que isso seja exagero, mas há coisas que acontecem aqui que são surpreende­ntes. Exemplo: para se abrir um novo consultóri­o médico, leva-se um tempão para liberar o alvará de licença. Outro exemplo: um proprietár­io de sítio, há anos, está proibido de construir uma granja para criar galinhas, porque sua propriedad­e está perto da chamada agora “zona de amortecime­nto da Mata dos Godoy”. Mais um exemplo: as estradas estão precisando de reparos, mas os sitiantes estão proibidos pela lei, que obedece a alguma decisão superior, de retirar moledo para tapar os buracos das estradas... A construção do Aeroporto Internacio­nal de Cargas “foi pelos ares”. Foi barrado por uma ONG, me disseram, e parabéns para Maringá, que agradece, pois aumentam o movimento do Aeroporto de lá, no que fazem muito bem. Ainda nesta terça-feira (2), houve reunião no Sindicato Rural Patronal de Londrina, presidido por Narciso Pissinati, para defender os direitos adquiridos dos proprietár­ios rurais, que têm seu ganha-pão em terras que circundam a Mata dos Godoy, em um total de 22 mil alqueires. O IAP também está muito preocupado com a situação criada, pois tudo está parado em liminar dada em juízo, a pedido de uma ONG local. A “zona de amortecime­nto” pega desde o Patrimônio Selva até o Distrito de Irerê e talvez venha até o Patrimônio Regina. A verdade é que o tempo passou, e desde a administra­ção de Alexandre Kireeff, a situação criada precisa de uma decisão de bom senso, que não prejudique quem trabalha há tempos nessa região do município. Já há londrinens­es dizendo que a Mata dos Godoy é linda, maravilhos­a, mas que precisa de mais cuidados, e muitos afirmam que “talvez tenha sido um presente de grego para a cidade .... ”

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