Cooperativa do Sudoeste defende ganho para o produtor
A região Sudoeste responde por 11% da produção de soja do Paraná, segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento). Na última safra teve produção de 2.170 milhões de toneladas. A Coasul (Cooperativa Agropecuária Sudoeste), com sede no município de São João (região de Pato Branco), foi uma das que apresentou a demanda pela extensão da janela de plantio para a Adapar. Para o engenheiro agrônomo Marcelo Diesel, a mudança beneficiaria os produtores locais.
“Eles plantariam milho precoce e ainda conseguiriam plantar uma safrinha de soja e colher uma boa produtividade”, afirma. Embora reconheça que a pressão da ferrugem pode ser intensa, dependendo, também, das condições climáticas, Diesel acredita que os produtores estejam manejando bem o fungo, o que evitaria uma maior proliferação.
“Eu vejo assim: em uma safrinha o produtor vai manejar, controlar a doença. Por que uma safrinha é proibida se muitos deixam a soja ‘tiguera’ (espontânea) no campo até começar o vazio sanitário? Ela germina e fica lá dois, três meses, o campo tomado de ferrugem, é muito pior”, argumenta. Para Diesel, nos moldes da portaria apresentada para consulta pela Adapar não haveria prejuízo fitossanitário, uma vez que os critérios a serem seguidos são muitos e há a necessidade de acompanhamento técnico.
Dentre as exigências da portaria, para fazer o plantio extemporâneo, além de ter todas as inscrições - da propriedade, do produtor e do engenheiro agrônomo o interessado precisaria apresentar ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de tratamentos com fungicidas, limitado a duas aplicações do grupo das carboxamidas, o último a apresentar resistência ao fungo. (C.F.)